quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Recaídas
sábado, 6 de setembro de 2008
Viragem
Este blogue foi criado com a intenção de fazer uma catarse dos terríveis momentos que se atravessam num divórcio.
Este período foi acompanhado de perto pelos meus amigos, o que, do fundo do coração, lhes agradeço!, e também por pessoas que não conheço nem fazem ideia quem eu seja.
Por estranho que pareça, escrever aqui ajudou-me a superar a dor e ler os comentários de apoio dos amigos foi precioso (mais uma vez, OBRIGADA). Se alguém a ler os meus posts escritos com raiva, dor, indiferença, surpresa, descrença no futuro e agora com alguma esperança, se sentiu menos só então o blogue atingiu uma meta nunca imaginada.
Neste momento, ao ler o comentário da Divagando_Sempre ao post anterior, decidi por um ponto final neste blogue. É agora tempo de me virar para a frente, deixar o passado e aproveitar e sugar o tutano da vida enquanto tiver força e saúde!
No entanto, não o vou apagar para já...
Farewell my friends!!! Love you all!!!
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Verdade Amarga
- Não vai gostar de ouvir o que lhe vou dizer, disse a psicóloga, mas o seu marido era assim porque a senhora lho permitiu!...
É verdade, porra!
Se eu tivesse pensado em mim,
e delas não fugiria!
E talvez, sim, talvez
ele não tivesse vivido para si próprio,
talvez tivesse visto que
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Quatro meses
Faz na quinta-feira 4 meses que se divorciou.
Olhando para trás, o balanço é absolutamente positivo!
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Mais uma pazada de terra
O pior cego é aquele que não quer ver e ela foi
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Ninguém diria
Ninguém diria, mas hoje, numa reunião chata, conseguiu fazer HUMOR com o seu divórcio.
Diria que é um avanço, um passo de gigante, na direcção da sua libertação total...
Só tenho a dizer: Boa, miúda!
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Ajudas-me?
Estava eu, no fundo do poço
do desespero e da solidão
e tu... não sabias.
Estavas tu, no fundo do poço,
do mesmo poço que eu
e eu... não sabia.
Um dia,
olhámos para fora de nós e vimo-nos.
A solidão morreu ali,
porque eu tinha-te a ti
e tu tinhas-me a mim.
Entrelaçámos os braços,
encostámos as costas
e juntos,
subimos o poço.
Passo a passo,
tijolo a tijolo,
matámos o desespero,
voltámos a sorrir
e
recomeçámos a viver.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Carta
Agora mesmo resolvi escrever-te.
Não consigo dormir.
Não estares bem deixou-me preocupada.
Adicionando os meus mortos desenterrados à hora de jantar, obtemos uma equação em que o primeiro membro é falta de paz e o segundo falta de sono. Equação possível e indeterminada, como se sabe.
Fui buscar o portátil e estive a navegar, sem rumo nem norte, na internet e em pastas residentes aqui no computador.
E foi aí que te vi. Uma foto tua, tirada pela tua filha, no solstício de Verão. Estavas feliz, pois estavas com quem amas.
E foi aí que me apeteceu dizer-te:
Pensei em "sms"ar-te, mas irias acordar.
Pensei em "email"ar-te, mas é vulgar.
Assim, resolvi "post"ar-te.
Tu és belo.
Tu és lindo.
Tivessemos agora o coração limpo de mágoa...
quarta-feira, 2 de julho de 2008
domingo, 29 de junho de 2008
Dois meses
E fez ontem dois meses que ela se divorciou.
Neste tempo passou por vários sentimentos diferentes e, até mesmo contraditórios entre si.
Uns dias esteve feliz,
outros infeliz,
uns sentiu-se bem,
outros sentiu-se miserável.
Uma sensação comum e quase sempre presente foi a paz.
E agora, ultimamente, descobriu que não está morta!
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Ontem
Sem rumo perdi-me
na tua pele.
Sem pudor derreti-me
no teu corpo.
Sem medo afundei-me
nos teus olhos.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Loucuras
Apetece-me a sério.
A sério que me apetece.
Sem pensar.
Sentir apenas.
Apenas eu e quem eu quiser.
Aqui e agora.
A sério que me apetece
Estar-me nas tintas
Para o que dizem,
Para as regras e
Para o decoro.
Apetece-me
A sério que me apetece.
Casulo
Como seria fácil
meter-me num casulo,
protegida de tudo
e de todos.
Só.
Apenas eu e a
trama de seda,
o meu escudo,
que filtraria
a luz e o som,
o choro e o riso,
a vida.
P'ra quê viver
fora do casulo se
continuo só,
peço um abraço e
suplico um beijo?
Viver para
ter uma carícia
ao amanhecer,
e de novo morrer?
Renascer das cinzas
e morrer a seguir
p'ra quê viver?
Assuntos por resolver
Depois de dias felizes, a procura de duas músicas especiais acordou os seus fantasmas e deixou-a de rastos outra vez.
Então ela tem que decidir, dentro de si, o que quer, como se quer.
Por tudo o que viveu no seu casamento, pela ausência de emoção, de calor, de alegria, ela dificilmente admite voltar a ter uma relação com o seu ex-marido. Para que isso fosse possível, e usando palavras dele, ele passaria a ser infeliz. E nunca, nunca, nunca quis que ele fosse infeliz a seu lado. O que ela tinha gostado era exactamente o contrário, que ele fosse feliz a seu lado.
Por ser demasiado insuportável continuar o casamento, decidiu divorciar-se para dar uma segunda hipótese a si mesma. Mas é difícil.
Muito difícil. Em especial quando algo despoleta recordações tão doces quanto antigas. Que, depois, num efeito de queda de dominós, vai acordar outras recordações não tão boas, nem tão antigas e traz-lhe de volta a tristeza.
O sentimento não morre assim, não se desliga como um interruptor. Mas ela pode desligar o contacto que tem tido com ele, que, embora esporádico, não lhe é saudável.
Este casamento já morreu há muito. Falta o enterro. Já tentou várias vezes, mas há sempre uma assombração a toldar-lhe o caminho, a impedi-la de raciocinar.
Assuntos por resolver:
- enterrar, DEFINITIVAMENTE, o passado e com ele todos os episódios que a magoaram mas também os que a fizeram feliz;
- tratar da burocracia final: desligar-se das contas bancárias, cessar a quota na empresa e fazer as partilhas;
- mudar as visitas paternais aos filhos, para uma partilha de fins de semana mais equitativa;
- e, o mais difícil, tirar de sua casa os milhares de discos da colecção de discos; escolher alguns, encaixotar o resto e transportar as dezenas (talvez a roçar a centena) de caixotes para a garagem.
Este último assunto será o corte final. Ver as paredes do sótão vazias. Enfrentar de vez o vazio na sua vida.
Depois, tem que aprender a lidar com este vazio, sozinha. Ela e ela só.
Apenas ela.
Só ela.
Ela...
terça-feira, 24 de junho de 2008
Pergunta
Já não consegue amá-lo.
A bem da sua saúde,
já não quer amá-lo!
Já sabe, está vazia.
Será que vai amar outra vez?
Sem medo?
De toda a alma e coração, que é a única maneira que ela consegue ver o amor?
Será?
SMS
Nunca odiou a música nem os discos, como ele tantas vezes alegou. Apenas odiou o seu investimento nesse campo e, principalmente, o desinvestimento em si, como Mulher.
A música continua a ser importante para ela e a despertar emoções muito fortes. Chora, ri, dança, baila e delira com músicas.
Ainda tem orgulho nele e no que conseguiu fazer pela música da cidade. Não consegue nem odiá-lo nem ter raiva dele. Mas não consegue amá-lo mais!
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Dor d'alma
Tivesse a dor d'alma uma origem clara como as dores das pernas,
e ela esfregá-la-ia com Reumon Gel.
Depois de um fim de semana recheado de alegria,
no final de tarde de domingo ela foi invadida por
uma dor d'alma
uma nostalgia
uma tristeza
que não consegue explicar!
terça-feira, 17 de junho de 2008
Apeteceu-me
Estar na cama
Embrulhada num edredão
E ter frio
Dormir e
Sentir um abraço quente
A sonhar
Tantas noites frias
Tantos abraços sonhados
Tantas vezes quis
Ver-me nos teus olhos,
Sentir-me nos teus dedos
E não estavas…
Então,
Fui morrendo
De solidão
De abandono e
De tristeza.
domingo, 15 de junho de 2008
Catarse
Ao construir e manter este blog ela foi fazendo a catarse da sua angústia.
Obrigou-se a racionalizar os sentimentos e episódios a fim de os poder escrever, com isso, foi percebendo o que se passava com ela e com a sua relação.
A catarse foi feita.
sábado, 14 de junho de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Ouvir falar
Um amigo dela também se está a divorciar.
E eles costumam conversar (são o ombro amigo do outro).
E ao ouvi-lo contar as reacções da ainda esposa (palavra horrível), ela dá graças a Deus.
Graças a Deus porque o seu divórcio decorreu com tranquilidade.
E graças ao seu phantom claro!
terça-feira, 10 de junho de 2008
Hábitos...
Mais um hábito.
Hoje, ao sair da escola tarde, depois de um dia cheio de trabalho (entrou às 8 e 15 e saiu às 22h), a primeira coisa que teve vontade de fazer, foi
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Aniversário
Primeiro aniversário em muitos anos que não vai jantar fora com ele.
Também é o primeiro em muitos anos que
É mesmo o primeiro ano que não espera nada dele:
nem palavra,
nem jantar,
nem prenda,
nem nada.
E tudo o que recebeu foi imenso, fantástico. Os alunos cantaram-lhe os parabéns CINCO vezes, ofereceram-lhe duas prendas e obrigaram-na a soprar as velas por duas vezes também! Houve telefonemas e mensagens. Bom!
Mas o melhor de tudo foi o Bolo de Anos confeccionado pelos seus filhos, os seus Beijos de Parabéns e um desenho a dizer:
Ele há melhor aniversário? Não!
terça-feira, 3 de junho de 2008
Expressões Mais Usadas
Para designar aquele que connosco assinou um contrato de partilha de vida, usa-se a palavra MARIDO ou pior ESPOSO.
Para designar aquele com quem rompemos o contrato, costuma-se usar:
Ela DETESTA as primeiras opções e não consegue MATAR o seu ex????????....
HÁ QUE INVENTAR UMA
Hábitos difíceis de mudar
Ele há hábitos enraizados de tal modo que não há tempestade que os arranque.
Ao ouvir uma teoria disparatada de um aluno acerca da música pré-Nirvana
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Truques
Ela obriga-se a pensar:
domingo, 1 de junho de 2008
Enterros
Ela tem que decidir-se:
Ou enterra de vez o passado
e
A menina tem que se olhar ao espelho
sábado, 31 de maio de 2008
Solidão
Ao fim de 33 dias após a dissolução do casamento, pela primeira vez, ela sentiu-se só.
Muito só.
Mesmo, mesmo só.
Quando estava na cama a tentar ler um pouco, a mente vagueava-lhe e não o conseguiu fazer.
A cadela não sossegava e assim, não podia dormir com 20kg impacientes e irrequietos.
Foi então que lhe deu o baque:
sexta-feira, 30 de maio de 2008
AGORA vs ANTES
terça-feira, 27 de maio de 2008
Tranquilidade
Ela nunca pensou conseguir viver sem ele, mas o balanço destas quatro semanas mostraram-lhe o contrário.
Ela consegue viver sem ele e mais, consegue fazê-lo com tranquilidade.
Não afirma que é feliz. Apenas afirma que está tranquila, bastante tranquila: já não se preocupa se ele vem jantar ou não,
se ele dorme em casa ou não,
se ele chega atrasado ou não,
se ele atende o telemóvel ou não,
se ele inventa uma desculpa esfarrapada ou não...
Ele deixou de estar na equação da vida dela e é fantástico!
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Paz
Hoje, ela esteve em paz.
Levou os filhos à lição extra de vela e veio para casa, pois tinha combinado com o pai que seria ele a buscá-los.
Chegou a casa ainda cedo e teve um prazer tão querido, pode dormir até ao fim da manhã, sem se preocupar em fazer o almoço.
Hoje, os filhos tiveram o pai só para eles, coisa quase impensável quando eram casados.
Ao fazer a sua caminhada pontilhada de corrida, ao ouvir a mesma música que tanto a tinha incomodado há dias, ela nada sentiu.
E já nada sente quando ele chega tarde, quando ele não telefona, quando ele mente, quando ele não vem,... porque ele já não faz parte da sua vida.
Enfim, a paz almejada está a chegar!
terça-feira, 20 de maio de 2008
Saudades
Hoje, ao fazer uma corrida e a ouvir música, ela lembrou-se que aquela música foi comprada pelo ex-marido, lembrou-se do prazer que tinham os dois ao ouvir, juntos, aquelas músicas e foi invadida por uma saudade dilacerante:
A correr e a ouvir música, a dor foi, outra vez, dilacerante,
tão dilacerante que teve que chorar e gritar!
Teve que gritar!
De raiva...
Porquê?
porquê o desapego dele?
Porquê?
Quando?
Ela vai ter que aprender a comprar música outra vez...
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Viver
domingo, 18 de maio de 2008
Sobrinhas
Ter sobrinhas é tão bom como ter amigos.
Ter sobrinhas que nos apoioam quando precisamos é fantástico...
Ter sobrinhas que fazem de babysitter para a tia sair também
sábado, 17 de maio de 2008
Amigos
Ter amigos é fantástico!
Ter amigos fantásticos é ainda mais fantástico.
Conversar uma hora é bom.
Conversar duas também.
Conversar três ainda melhor,
mas conversar nove horas é o máximo!
Um dia de sol a sós é bom.
Um dia de sol na praia é bom.
Um dia de sol na praia com amigos é fabuloso!
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Sentimentos novos
Mesmo agora, ela esteve a reler
e ainda
e estranhamente não sofreu.
Espanta-se de não ter tido a força que teve agora, ao pôr um ponto final nesta situação tão cansativa, desgastante e indigna! Agora, neste momento, o seu sentimento é de espanto.
Não sofre. Espanta-se.
Prioridades
De repente, descobriu que havia mais mentiras no seu passado.
Coisas que nunca tinha imaginado...
Mas há que não valorizar o passado longíquo. Ela tem que valorizar as razões que a levaram a divorciar-se.
E essas razões prendem-se mais com o que ele não fazia em casa do que com o que fazia na rua...
Melhor, ela tem que começar a valorizar o futuro.
Tem que enterrar, de vez, o passado! Já pensou num ritual... um enterro físico de algo simbólico do seu passado.
Tem que alimentar o futuro! E também, já concebeu um ritual de passagem, cheio de esperança: vai colocar um anel com o seu nome gravado e "casar-se-á" consigo própria.
Será com ela, e com ela apenas, comprometida.
Nunca mais usará o nome de outro num dedo, apenas o seu!
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Intimidade
Ela pensava que tinha tido momentos de intimidade com ele. A sério que pensava...
Para ela, fazer amor era o máximo de intimidade que tinha com ele, era a única altura em que o sentia dela, apenas dela, com toda a atenção dele...
Enfim, como pôde ser tão estúpida, tanto tempo?
Hoje, ao ouvir duas amigas a falar de intimidade que têm com os maridos, ela ficou estarrecida: afinal nunca teve intimidade com ele!
terça-feira, 13 de maio de 2008
Problemas a sério
Um primo dela (melhor, neto de um primo dela, que a fará sua bisavó-prima (????)), apenas com 16 anos tem leucemia.
Isso sim é um problema. E faz com que ela se sinta envergonhada na sua dor.
Hoje, a mãe dele regressava de Fátima e encontraram-se na estação.
Depois de uma troca breve de palavras acerca da saúde do filho e da possibilidade de transplantes, a mãe perguntou-lhe pelo marido, pois que nunca mais o tinha visto a visitar o filho (quando se sabe que trabalha no mesmo edifício!)... e ela disse-lhe que não sabia dele, pois tinha-se divorciado dele há quinze dias.
Perante a cara de espanto, ela disse-lhe:
domingo, 11 de maio de 2008
Mais voltas de montanha russa
Hoje, ela foi visitar uma senhora amiga que tinha sido atropelada.
Hoje, ao visitar essa senhora, ela voltou a ver uma amiga de infância que já não via há uns tempos.
Hoje, ao reencontrar essa amiga, contou-lhe que estava divorciada há quase duas semanas (faz duas semanas amanhã!).
Hoje, ao contar à amiga as razões pelas quais ela se divorciou, relembrou-se e ficou indignada outras vez. Indignada com o seu ex, indignada consigo mesma por ainda ter saudades, indignada por não conseguir controlar os seus sentimentos...
Hoje, ela ficou contente outra vez com a decisão dela!
Saudades
Esta semana tem sido profícua em sentimentos contraditórios!
Uma autêntica montanha-russa!
Hoje, os filhos foram almoçar a casa da avó paterna. O pai veio buscá-los. E ela viu-o. E ele estava com bom aspecto. Sorriram. De longe: da porta do carro para a janela do quarto que em tempos foi de ambos.
Hoje, ela tem o coração cheio de saudade.
Hoje, ela tem o coração cheio de raiva, raiva de ter saudade!
Hoje, na cabeça dela trava-se o seguinte diálogo:
sábado, 10 de maio de 2008
Montanhas Russas
Ela não precisa de andar numa montanha russa.
As suas emoções são uma montanha russa.
Um dia está bem.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Mais um 6
O post anterior foi escrito numa SEXTA feira dia NOVE, que nada mais é que um seis virado ao contrário... e às 0 horas e 36 minutos que é 6 ao quadrado....
O número SEIS
O número seis é o primeiro número inteiro perfeito: é igual à soma dos seus divisores (excluindo o próprio).
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Mnemónicas
Ela não se pode esquecer das razões que a levaram a tomar esta atitude tão drástica.
Não se pode esquecer das palavras cruéis,
dos actos cruéis,
da arrogância,
da indiferença,
do desprezo
que ela sentia por parte dele.
Não pode ser um abraço nem umas lágrimas que a demovam...
Saberes
Ela já sabia.
Já sabia que iria sofrer.
Nunca pensou que iria sofrer tanto.
Sofrer como se da morte de alguém de tratasse.
Ela já estava morta, o seu casamento também. Ele ainda não sabia ou não via.
Ontem, abraçados, despediram-se desta vida a dois. Morreram as ilusões. Morreram.
Ela já sabia que ia ser difícil. Ele nunca pensou que ela fosse até ao fim, mesmo depois de o casamento estar dissolvido, ele nunca acreditou.
Ela já estava preparada. Ele não. Mas estão os dois a sofrer. De modos diferentes...
Ela não sabe se vai ser mais (in)feliz. Mas sabe que há-de deixar de sofrer. Há-de ter paz. Ela não teme o futuro. Ela não teme estar só.
Ela tem pavor de nunca mais conseguir amar! Nunca mais se dar. Porque sabe que a melhor parte de si morreu e já não acredita na Bela Adormecida nem em Príncipes Encantados que a acordem dessa morte...
terça-feira, 6 de maio de 2008
Enterro
Hoje, ele veio buscar a roupa dele, aquela que ela lavou, passou e arrumou, aquela que ela cuidou durante tantos anos.
Hoje, ele estava no WC a tratar de uma pequena ferida e abriu a porta do armário que costumava ser sua e encontrou o vazio. Então, olhou para ela e
Hoje, ele abraçou-a e chorou, chorou, chorou!
Hoje, eles abraçaram-se e choraram, choraram...
Hoje, ela convidou-o para jantar,
E, então, ele foi embora.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Sonhos
Será que são todos os sonhos que comandam a vida, ou apenas aqueles que se sonham acordados?
Se forem todos os sonhos, até mesmo os inconscientes, ela está desgraçada,
Ameixas Verdes
Só quem já comeu pode perceber porque raio é que me apetece comer ameixas verdes!!!!
E já agora, gritar!!!
Areia vs Pérola
Tenho a agradecer à Divagando-Sempre as palavras de apoio, em especial à comparação do meu sofrimento a um grão de areia dentro de uma ostra que acaba por se transformar numa pérola.
Espero, tenho esperança, que a minha areia se transforme numa pérola...
domingo, 4 de maio de 2008
Chicken memory?
Hoje, ela sentiu saudades do pouco que tinha.
Hoje, ela pensou que o pouco que tinha era algo.
Hoje, ela pensou que agora não tem nada!
Hoje, ela perguntou-se se fez bem.
Hoje, ela questionou-se se alguma vez mais se vai ver nos olhos de alguém.
Hoje, ela duvidou se alguma vez vai ser tocada na face, abraçada ou estar ao colo de alguém.
Mas,
ela não se pode esquecer
Mais mudanças
Mudanças.
Constante mudança.
Mudança previsível.
Tudo na mesma.
Ela faz, desfaz, toma decisões: mexe-se!
Como já tinha dito antes, ela lavou e passou a roupa dele que estava por tratar. Nada de novo. Mas desta vez, é a última!
Ela arrumou toda a roupa dele, toda, em malas, em sacos e em caixas.
Arrumou tudo.
Desfez a cama. Melhor, desmontou a cama e encostou tudo à parede.
O quarto tem agora uma cama desmontada encostada à parede, um colchão vazio encostado à parede e algumas malas, malotes, sacos e caixas encostados e empilhados junto ao colchão.
Será que ele percebe que chegou ao fim da linha?
PS: Foi difícil e ela ainda chorou!, sim chorou, pela sua infelicidade quase constante, pela impossibilidade da mudança de atitude dele, pela diferença de prioridades deles, pelo investimento dela, pelo desinvestimento dele, pela vida passada, pelo que podia ter sido... Chorou também pela quase certeza de que nunca mais vai amar, pois está morta por dentro, pela quase certeza da infelicidade que vai sofrer... Mas, entre uma quase certeza e uma certeza, ela escolheu a probabilidade menor. Entre ficar e arriscar, ela escolheu o arriscar...
Boa sorte para ti, miúda!
Solidões
Domingo.
Dia da família. É o que dizem.
Tendo, durante 14 anos, 6 meses, 19 dias e 2 horas (e alguns minutos...) um marido enfermeiro, coleccionador/negociante de discos, manager de várias bandas e radialista, ela está mais que habituada a passar os domingos apenas com os filhos, como noutro dia qualquer.
Divorciada há seis dias, este é o primeiro domingo que passa sozinha com os filhos, na condição de família monoparental.
A sensação é a mesma.
Viver com e para eles.
Apenas com um ligeiro pormenor: ela não espera nada dele, telefone ou não, que venha almoçar ou não, que venha jantar ou não...
A solidão é a mesma.
Correcção: não é a mesma, não! Agora, ela sente-se sozinha, apenas sozinha e não abandonada!
sábado, 3 de maio de 2008
Flashback 4
18 de Janeiro de 2006
Esperar que ele me fale.
Esperar que ele se abra.
Esperar ouvir os sentimentos dele.
Esperar…
Esperar…
Esperar…
Todos os meus amigos me dizem para esperar, ter calma, não fazer nada precipitado, tudo calmamente…
Pensar no que de bom tenho.
Pensar no que iria perder.
Pensar…
Pensar…
Não tenho feito nada mais que esperar.
Não tenho feito nada mais que pensar.
Não tenho feito nada mais que …
Nada!
Não faço nada!
Mas sinto
Sinto
Sinto
Sinto
Sinto
sinto e
dói
dói
dói
dói
dói!
Hoje lembrei-me do que fiz quando soube o resultado da TAC: dobrei o pijama dele com todo o amor e carinho e cheirei-o.
Inalei profundamente o cheiro do meu homem para ter um bocadinho dele.
Inalei as moléculas do meu homem que ficaram agarradas ao tecido.
Fiquei com o meu homem dentro de mim.
Porque não me restava nada dele.
Porque ele estava em casa de outra.
Porque ele estava com outra…
Porque ele não estava comigo…
Hoje pensei no que fiz quando soube o resultado da TAC chorei!
Hoje chorei!
Flashback 3
O dia mais difícil da vida dela, até agora: o dia em que ELA, ela como se conhecia, morreu...
10 de Janeiro de 2006
Dia 5, às duas da manhã R. telefonou-me a dar a novidade feliz: Não tinha nenhum problema no cérebro, não tinha nenhum tumor!
Chorei de alegria. Mas ele não vinha a casa, dormiria no Hospital, na cama 3, pois era tarde e, no dia seguinte, iria fazer o turno da manhã e estava muito cansado. Entendi. Triste, mas entendi...
Dia 5, à hora de almoço recebi um telefonema da C. que queria saber o número de telefone da mãe de R., pois ele tinha-lhe dito que ia dormir em casa da mãe e iria de manhã ter com ela, C.
Estranho, muito estranho, a mim, disse que iria dormir no Hospital, à amiga, disse que seria em casa da mãe... é possível haver uma explicação!
Dia 5, pelas 13h, R. telefona-me indignado, pois porque que razão tinha eu telefonado para o Hospital à sua procura (não tinha sido eu, mas sim C., mas ele não sabia...). Nesse telefonema, R. meteu as mãos pelos pés ao tentar explicar-me porque às 20 h da véspera tinha combinado uma coisa com C. e às 2 da madrugada tinha-me dito outra coisa... Afirmou então que tinha dormido em casa da mãe!... Eu já sabia que não!
Saí do trabalho e fui ter com ele. Depois de muita insistência, admitiu que foi dormir a casa de uma amiga. (??????????)
No dia em que descobre que não tem um tumor na cabeça vai dormir a casa de uma amiga????? Não partilha a alegria com a esposa????
Que amiga, meu Deus? NÃO INTERESSA, diz ele, dezenas de vezes!
Afinal, apenas tinha ido dormir a casa da S., onde já tinha dormido muitas vezes! E não só em casa de S., mas já tinha ido dormir várias vezes a casa de C. E eu sempre a pensar que ele estaria a fazer o turno da noite ou a dormir em casa da mãe... Mentiras, tantas mentiras!
Quase a certeza que ele me trai!
Uma amiga…
Está a lanchar com uma amiga… não interessa quem é,
mas depois é S. ...
Está a falar com uma amiga e não pode atender o tmv,
mas depois é a S. …
Acho que S. nesta altura é o seu bode expiatório...
Dizer-me que eu tenho que entender que, uma vez que quando me conheceu ele era “virgenzíssimo” e que agora tenha necessidade de conhecer mulheres…
Andar a tomar banho todos os dias (coisa que não fazia!)...
E agora isto…
Sem explicação, qualquer explicação, ZERO!
Morreu qualquer coisa dentro de mim,
o meu coração está partido,
em muitos pedaços!
Está a ser muito DURO, muito DURO.
Ele diz-me para eu fazer o que eu quiser,
Estou em sofrimento…
Estou de luto,
CONTINUO DE LUTO,
Flashback 2
2 de Janeiro de 2006
Espaço matrimonial
O que é ter espaço?
O que é pedido, na verdade, num pedido de espaço?
O que, no fundo se quer?
Gajas, claro.
Quer-se gajas.
Ou gajos… também pode ser.
A gaja que está casada connosco já não dá tusa. A melga da esposa controladora!
Um gajo quer-se divertir. Um gajo ainda é novo…. (Sublinhe-se o AINDA!) mas o tempo passa, está a passar….
Neste momento, já se está mais velho ou velha… e o gajo que está connosco já não tem a chama que tinha.
O que se passa na cabeça do man? Que quer ele?
E porque não abre ele o coração?
Tudo seria mais justo se houvesse honestidade dos sentimentos ...
Será isto o espaço que ele quer?
O meu coração está aos pulos.
Não sei o que pensar.
Mas sei o que estou a sentir: angústia!
Mandei 1 sms ao R. às 16:50, apenas para ver se ele estava bem, se já tinha o TAC marcado para ver se a dor de cabeça era algo de grave ou não.
Às 17:50 voltei a mandar outro.
Ele está bem? Não respondeu a nenhum... São 18.
Afinal ele estava bem, não tinha nenhuma dor de cabeça e ainda não tinha conseguido fazer o TAC.
À pergunta porque não me não respondeu aos sms, pelo menos a dizer que estava bem, que estava vivo, a dizer, "deslarga-me", ele apenas disse:
Pergunta feita hoje:
É isto gostar de alguém?´
é saber que a esposa está aflita, com medo de ele estar muito doente, ou até mesmo morto (eu sei que estava a exagerar na preocupação!), e não responde a fim de a relaxar?
É isso gostar?
Não, não é...
Flashback 1
Ao que parece fazer ela tem que fazer o luto...
Num velório, a viúva relembra com dor os momentos bem passados.
Neste luto, ela relembra com dor os momentos que a magoaram.
Ao olhar para trás, há alguns flashbacks que teimam em aparecer.
Eis uns dos primeiros momentos que iniciaram a bola de neve que terminou agora na dissolução do instituido pela lei, mas que já estava morto, talvez, há dois anos, ou mais:
21 de Dezembro de 2005
Final do 1º período.
Balanço estranho.
Escola estranha.
Miúdos estranhos.
Ando diferente, já não me reconheço. Nada tranquila!
Sou um vulcão de emoções, umas negativas, outras positivas. Pareço uma montanha russa.
1º facto:
Tudo começou com um divórcio que me abalou: M. assinou o divórcio, porque o marido traiu-a durante CINCO (!) anos com a mesma amante: a vida dupla a que isso obriga, as mentiras constantes, cinco anos. Imperdoável. Como é possível conseguir este feito e a mulher não perceber? Como?
Toda esta história expôs as minhas fragilidades interiores, todos os medos de ser traída acordaram, passei a ser povoada de fantasmas.
2º facto:
No dia 4 de Outubro, R. enviou-me, por engano, um sms: um convite seu para lanchar. O que seria de todo impossível para mim. Perante a situação, ele negou que o sms seria para outra pessoa e “jurou” que era para mim. À noite, depois de muita insistência da minha parte, ele diz que era para S. Justificação aceitável. Mas, porquê tanta recusa em dizê-lo? Seria mesmo para ela?
3º facto:
Há uns dias, não sei precisar a data, encontrei um cabelo comprido na nossa cama, do lado de R. ao nível das pernas. OK OK OK Pode haver milhões de explicações. Ele mandou-me a um psiquiatra!
4º facto:
Domingo, dia 11 de Dezembro, depois de QUATRO (!) noites sem dormir em casa, devido a vários concertos no Norte, ele vinha a casa almoçar, porque a banda tinha que entregar a carrinha às 14 em Lx e ele vinha de boleia com eles. Mas, às 17horas, ainda não tinha chegado e tinha o telemóvel desligado (ou sem bateria) e NÃO AVISOU nada! Fui para Cbr, a fim de verificar se o carro dele ainda estava na estação, porque pensei o pior: a carrinha tinha tido um acidente e ele estava ou morto ou bastante doente para não poder avisar a família que algo se tinha passado.
Afinal, parece que a carrinha avariou e eles estiveram muito tempo à espera de socorro.
Mas, nesta história toda, há coisas que não batem certo:
A hora de saída de Braga,
a hora da avaria,
a impossibilidade de telefonar de um tmv,
a não paragem numa estação de serviço,
mas depois já tinha parado para comer qualquer coisa e não havia telefones públicos de moedas ?!!!
Como é possível não avisar perante um atraso de 6 horas?
5º facto:
Na 2ª, dia 12, ele lanchou com uma colega, cuja identidade esteve envolta de secretismo. Admitiu depois que era S. Mais uma vez a dúvida persiste: porque não o disse logo?
6º facto:
Dia 13, depois de um jantar de “reconciliação”, ele disse que EU tinha que ENTENDER que ele PRECISAVA de conhecer novas mulheres, porque era “virgenzíssimo” quando me conheceu. Eu não necessito de conhecer novos homens, porque tenho o melhor...
7º facto:
Toda a semana tentei conversar e todas as conversas deram para o torto, acabando por discutirmos.
Pergunta: Ele ama-me ainda? Ainda lhe sou importante?
Estou num turbilhão.
Eu gostava mesmo que ele me dissesse que está casado comigo,
não por não ter espaço para os discos,
não pelos miúdos,
mas por MIM.
Ainda por MIM!
Que eu ainda valho a pena.
O que mudou em mim?
Facto: mudei de escola;
Facto: tive um início assustador, pois foi a 1ª vez que tive 11º ano;
Facto: perdi a companhia e a conversa de duas amigas, C. e P. e a de D. embora a conversa com ele fosse apenas de motas;
Facto: deixei de andar de comboio e isto deve ser o que mais me afectou. Tenho que conduzir, não tenho ninguém com quem conversar e não posso dormir. Solidão. Este ano sofro de solidão!!
Tenho 50 minutos matinais e vespertinos para alimentar fantasmas;
Facto: estou em dúvidas a nível profissional, os meus alunos não me respeitam;
Facto: não estou feliz!
EU estou SÓ! É isso: Solidão.
Estou só na escola;
Estou só na sala de aula, absolutamente só;
Estou só na viagem! Só no carro ou na mota!
Estou só em casa! Só!
Durmo só!
Sinto-me só! Solidão absoluta!
Solidão rodeada de uma multidão. Mesmo quando R. está, eu estou só!
Eu sou SÓ! Solidão!!!!!!!!!
O mundo parece-me vazio, o meu coração está vazio, a minha alma está vazia!
No entanto, ainda tenho pais vivos e saudáveis.
Os meus filhos são saudáveis.
Tenho trabalho.
Tenho casa.
Tenho comida.
Posso comprar livros, ir ao cinema, jantar fora. Estou a ser egoísta!
Eu sei que R. não pode sofrer com a minha insegurança, não é ele o culpado de a minha colega ter sido traída.
Não é ele o culpado da minha vida profissional não estar nada bem…
Mas, parece-me que não sou importante para ele.
Eu não me sinto amada. Não me sinto especial. Todas as mulheres são melhores que eu, todas são enigmáticas e lindas e interessantes. Ele sabe tudo de mim. Eu não sei nada dele. Eu estou feia quando ele chega a casa… já trabalhei, já fiz o jantar e… merda… que vida!
Toda a minha vida material está assegurada.
Toda a minha vida emocional está uma confusão!
Vou? Fico? Mudo? Mantenho?
Vinte anos…
Filhos…
Não consigo pensar…
Eu tenho que deixar R. voar! Mas deixar voar mesmo!
Mas, e se depois ele voa e não volta?
Se calhar é mesmo melhor fazer isso, porque isto assim não vale a pena.
Estar casada assim,… continuar tudo na mesma é uma merda, não vale a pena lutar!
Estou cansada de lutar, cansada, muito cansada!
Vou desistir: Ele que voe! Que faço eu, então? Nada?
Como vou conseguir não fazer perguntas?
Como vou conseguir saber que ele gosta de estar (a conversar, por enquanto!) com mulheres e eu em casa?
Como vou conseguir? Como?
Assim, não vale a pena! Assim não!
Eu quero estar com alguém que queira estar comigo e não com alguém que seja obrigado a estar comigo. E é isso que eu queria que ele decidisse esta semana. É isso que eu queria ouvir. Mas, se calhar, ele também tem dúvidas.
Assim, o mais inteligente será: deixar voar!
Mas,
ou
quê??
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Uma questão de orgulho
Já há uns posts atrás ela referiu que deixou de cuidar da roupa do então ainda marido.
O divórcio consumou-se no dia 28. Ele vai ter que sair de casa.
Mas, ela não lhe vai dar o prazer de se queixar (eventualmente...) que ia com a roupa suja e/ou engelhada. Então, ela vai tratar da roupa dele, pela última vez.
E vai ser com orgulho que lha vai entregar impecável!
Só uma nota: São 10 camisolas de lã, 15 camisas, 13 t-shirts, 4 pares de calças e algumas camisolas interiores... nada que não se resolva, vejamos... em 2 ou 3 horas.
Cool
Palavra de técnico
Ela hoje teve mais uma confirmação de que nada errado se passa dentro da sua mente.
Desta vez a psicóloga confessou-lhe que há uns tempos valentes achou que considerava uma perda de tempo ela ter consultas de psicologia e medicamentos antidepressivos. A técnica de saúde era da opinião que "apenas" havia um problema conjugal de difícil solução.
Afinal, além de ela já saber que não tinha nenhum problema mental, ficou hoje a saber que também não é uma pessoa depressiva.
Afinal, e para seu orgulho, é uma pessoa combativa, lutadora e que tentou todos os meios ao seu alcance para tentar mudar uma relação que não a deixava feliz.
É isso.
Ela apenas era infeliz!
Mas, a luta continua! O povo para a rua!
Neste caso, quem vai para a rua é o seu já EX marido... heheheh
terça-feira, 29 de abril de 2008
A modos que é assim...
E foi ontem pela 15 horas que ambos se encontraram frente à Conservatória do Registo Civil (e não, não foi a mesma conservatória onde um dia entraram a sorrir....).
Subiram as escadas.
Os pés dela pesavam chumbo. O mesmo deve ter acontecido com os pés dele.
Entraram na Sala da Sra. Conservadora que iniciou a conversa
a perguntar-lhes se havia a possibilidade de reconciliação,
ao que eles responderam "não".
Perguntou-lhes também se todos os pressupostos
por eles escritos e assinados nos documentos entregues ainda se mantinham,
ao que eles responderam "sim".
Perguntou-lhes ainda se prescindiam do período de reclamação
ao que eles responderam "sim".
Então, declarou que o casamento por eles contraído
estava
dissolvido!
Já podem tirar os novos Bilhetes de Identidade.
Já podem fazer as partilhas...
Uma nova vida espreita à janela.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
É hoje, dia 28 de Abril, segunda-feira
Hoje, o primeiro dia do resto da minha vida.
Como alguém disse, ninguém pode recomeçar a vida, mas pode fazer um fim a qualquer altura e ter um fim diferente. É isso que eu espero!
Wish me luck
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Suplicas
Desistir
Desistir é um verbo que nunca esteve no dicionário dela.
Lutar, sim.
Agora, impõe-se uma questão:
E segue em frente,
Ou
Ela não se pode esquecer que há dois anos
Mas, poucas semanas decorridas
Espanto
Ele chegou
lanchou e
esperou por ela.
Mudança de atitude
Ela não o percebe, de todo.
Uma das bandas dele vai rodar um videoclip e, normalmente, como manager, ele iria com eles, controlar a produção, etc, etc.
Hoje, telefonou a avisar que vai APENAS deixar o material necessário para a rodagem do clip e vem para casa, para o jantar semanal da família alargada (coisa que ele NUNCA fez: deixar uma banda pelo jantar da família)...
A data de assinatura do divórcio é já na segunda.
Que quer ele agora?
Mostrar que se preocupa connosco?
Enganar-me?
Tentar amolecer-me?
Meu Deus, que pensar?
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Mudança de discurso
Isto é tudo muito estranho, pensa ela.
Ora, anos a fio a ouvir o marido a dizer:
Três fases
Como já se tinha referido (Alguém disse...) , um divórcio está dividido em três fases:
Pré
Durante
Pós
A fase Pré, já está
custou muito, muito, muito...
anos a fio a tentar colar algo já partido...
anos a fio...
tentativas frustradas...
perda de confiança no outro...
perda do respeito da parte do outro.
A fase Durante está quase...
vai acabar quando
ele sair de vez...
o que parece que vai ser difícil...
mas vai
A fase Depois,
logo se vê!!!
28 de Abril
Recebi agora a notificação telefónica...
Na próxima segunda-feira será realizada a conferência tendo em vista o fim oficial deste casamento.
Ou seja, vai haver um papel legal a separar o que, efectivamente, já está separado!
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Farta de ossos
Farta de ossos sem carne
Farta de espinhas
Farta de migalhas
Ela decide, de uma vez por todas
terça-feira, 22 de abril de 2008
Porquê agora?
Apesar do sms terno de ontem, hoje, a postura DELE foi igual à de sempre:
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Perdoar ou deixar ir?
Eu já perdoei tanto e durante tanto tempo.
Eu já perdoei tudo?
Apetece-me perdoar tudo,
perdoar tudo,
tudo.
Deixar-me ir.
Continuar a ser uma não-pessoa.
Nao me importo.
Nada me importa.
Viver com pouco.
Viver com migalhas.
Sobreviver apenas.
Não pensar.
Não sentir.
Não existir.
Mas depois, haverá algo
que me obriga a pensar
a olhar
a ver
a sentir.
Ele disse tantas vezes:
Estás infeliz, então tens que tomar uma atitude!
Casaste com o homem errado.
Não mudo.
Agora diz, que essas frases foram ditas sem sentimentos.
Foram ditas após "um massacre".
Foram ditas porque eu me queixo muito.
Estou sempre a queixar-me.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Mas há tantas coisas mal contadas.
Há tantos sentimentos reprimidos.
Há tantas recusas de partilha.
Porquê?
Porquê?
Porquê?
Porquê amo eu este homem?
Porque raio amo este homem ao ponto de não me importar de me deixar ir e não existir mais?
Será que vi tudo mal?
Será que ele me deu tender, love and care e eu não vi?
Será que o problema sou eu?
Será que
...
...
...
Não existência...
Ele mandou-lhe agora um sms a dizer:
E coragem?
Ela pensou em manter o acordado entre eles.
Ela pensou nisso seriamente.
Mas agora começa a verificar que, quando sabe que ele não vem a casa, anda tranquila e nos dias em que ele ou vem jantar ou vem dormir a casa, o seu coração pula, as suas pernas tremem e a força desvanece.
Então, ela pensa que o melhor será ele sair já e não apenas quando efectivamente estiverem divorciados!
Enfim, nada de novo...
Afinal, ele que tinha avisado que vinha dormir a casa, não veio.
Nada de novo...
Nada de novo, ele dizer uma coisa e fazer outra, sem avisar!
Nenhuma chamada, nenhum sms, ... nada.
Nada de novo...
Nada de novo, ela pensar na hipótese dele ter tido um acidente.
Mas, o mais certo, será ele ter ficado a dormir no Hospital (na cama 3...) ou em casa da mãe... ou no carro (?)... enfim, nada de novo!
Nada de novo...
domingo, 20 de abril de 2008
Dias difíceis
Este fim de semana ela não esteve bem consigo própria.
Apesar de estar mais confiante,
apesar de ter o apoio de toda a família e amigos.
Apesar disso tudo, ela treme.
Ela treme, porque ele vem dormir a casa... ainda.
Ela já não o vê desde 3ª à noite, quando se foi deitar.
Já não o ouve desde 4ª à noite, quando ele telefonou.
Ela treme. Não de medo. Não. Não é preciso ter medo.
Mas este fim de semana, ela começou a ter saudades.
Isso é mau
E já lá vão 7..
Mas quem espera sempre alcança....
Mudar é difícil
Na 3ª feira, ele tinha gostado que ela lhe tivesse dito que a consulta no médico estava atrasada e, que por isso, ia jantar no centro comercial...
Na 4ª feira, ele telefonou a avisar que não vinha jantar e a informá-la que ia fazer o turno da noite e, que no dia seguinte iria para Viseu...
Na 5ª
...
silêncio
...
Na 6ª
...
silêncio
...
Sábado
...
silêncio
...
Hoje, domingo, ela interroga-se o porquê deste silêncio, o porquê de não telefonar aos filhos...
Pergunta-se se não deveria ela telefonar...~
Mas, sabe que não.
O corte é difícil!
sexta-feira, 18 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Apaixonada?
É triste como ela já não acredita no amor.
Apeteceu-lhe comentar nesses posts,
dizer,
Quando se gosta de alguém
Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.
Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente.
Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro.
Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso.
Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós.
Uma semana
Já passaram cinco dias úteis desde que pagou.
Já passaram cinco dias úteis desde que o processo começou.
Faz de conta...?
Ontem,
ele telefonou,
por volta das 20:20,
a informar que
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Hábitos...
Está na hora de jantar e ela perguntou-se se ele vinha jantar a casa...
Ainda agarrou no telemóvel para saber...
Hábitos!
Só um pequeno pormenor
No post anterior referi a necessidade de químicos para me manter à tona.
É verdade.
Há alturas da vida em que a dor é tão grande,
a tristeza tão profunda
e tudo nos parece tão negro
que precisamos mesmo de ajuda de medicamentos.
É claro, que se não fizermos nada para resolver os nossos problemas, os químicos não nos resolvem a vida.
Mas permitem-nos ter a tranquilidade suficiente para podermos tomar decisões.
Penso que é isso que me está a acontecer.
Porque há dois anos,
sofri tanto e
de uma maneira tão intensa
que mal conseguia respirar.
Penso mesmo,
que se não fosse essa ajuda medicamentosa
eu já me teria suicidado,
porque muitas vezes não vi calmaria possível no meu turbilhão.
No entanto,
estou a lutar para resolver o meu problema,
fazendo este corte, como se estivesse a arrancar um braço.
O psiquiatra é de opinião, analisando tudo, que a curto ou médio prazo, me vai retirar o antidepressivo e o ansiolítico.
Mais um factor de grande alívio para mim.
Afinal...
Há dois anos que ela tem acompanhamento psicológico e psiquiátrico (uma para ouvi-la e ajudá-la a desembaralhar o seu turbilhão emocional, o outro para tratar dos químicos que a têm mantido à tona...).
Hoje ela foi a uma consulta a três, com os dois técnicos, a fim de aferir estratégias de actuação.
Ela comunicou-lhes a sua decisão, que foi recebida sem espanto.
Mais, saiu do consultório ALIVIADA, porque teve a confirmação do psiquiatra
que a sua saúde mental é boa.
Ela não sofre de nenhuma doença mental,
não é paranóica
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Há coisas que não mudam
Ele há coisas que não mudam mesmo.
É sabido que a habilidade dos homens para procurar objectos perdidos é quase nula.
Ele recebeu, há uns dias, uma carta registada.
Por lapso, a carteira deixou o bilhete para ir levantar essa mesma carta aos correios.
Ele viu o bilhete.
Ele não viu a carta, que por acaso estava destacada e, para a qual, ela já lhe tinha chamado à atenção (método que também não funciona há anos).
Assim, hoje, ele foi de propósito à estação de correios para levantar a carta que estava em cima do frigorífico à espera que o rei e senhor a visse.
Quando chegou lá, foi informado que a carta já tinha sido entregue.
Então, em vez de voltar a casa para a ir buscar ou, pelo menos, pensar:
"Ora bolas, não a vi. Tenho que a procurar melhor",
telefonou à (ainda) mulher:
- ONDE RAIO ESTÁ A CARTA QUE EU NÃO A VI???
- Em cima do frigorífico, ao lado das chaves....
- É QUE UM GAJO, VAI DE PROPÓSITO AOS CORREIOS PARA IR LEVANTAR A CARTA E NAAAADDDAAAAA!!!!!!!!!!!!!
- Telefonaste-me para ralhar comigo, por causa de uma coisa que TU fizeste mal?
Ela desligou-lhe o tmv e ficou com mais certezas, que não, este senhor não, já chega!
Dúvidas
As dúvidas assaltam o seu coração.
Será que está a agir bem?
Será que está correcta?
Ela tem a certeza que quaisquer mudanças que ele aparentar
serão passageiras.
Ela tem a certeza porque já aconteceu.
Há dois anos, quando ela lhe fez as malas e ele esteve fora 3 semanas.
Quando voltou parecia outro.
Mas foi sol de pouca dura.
Ele continua na mesma.
Ela continua na mesma.
Ele está virado para um lado.
Ela está virada para o outro.
"Não há volta a dar!", repete ela um milhão de vezes...
domingo, 13 de abril de 2008
Possibilidades
Ela hoje está a pensar se não seria possível construir uma ponte de entendimento.
Mas ele já lhe disse que tal coisa não existe.
Será que a terapia de casal não funcionaria?
Mas ele, também, já lhe disse, há mais ou menos dois anos, que não vai dar dinheiro para ouvir aquilo que já sabe.
Mas será que agora ele não mudaria de ideia?
Ela hoje está parva de todo.
Enquanto ele não sair de casa isto é terrível.
Ontem tentou "matá-lo", ao arrumar os livros, dvd e vinil dele. Mas, à noite, ele "ressuscitou" quando apareceu, de surpresa.
Isto é um luto impossível, afinal, o morto está vivo!
Cansaço
Ontem, ele veio a casa, assim de surpresa.
Veio, porque, a banda tinha um concerto perto e tinha um tempinho.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Alguém disse
Um divórcio não é assim: a malta assina e já está.
Ao que parece há três fases de dor:
- a dor que antecede e que leva à separação, ao fim do sentimento que alguma vez uniu duas pessoas... esta dor verifica-se no dia a dia, no ver a cada instante, que os sonhos e as ilusões de outrora se desvanecem e caem por terra como frágeis castelos de cartas. O degradar da relação, da comunicação... muitas vezes as ofensas e o ambiente hostil... que leva à decisão.
- a concretização do divórcio em si, o assumir uma nova situação, o peso dos olhares de quem gosta de meter o dedo na ferida... a assinatura de um final no contrato que em tempos se celebrou rodeado de festa e alegria
- a dor que precede, o medo do futuro, a insegurança de não conseguir ir em frente e lutar contra o desconhecido...
Prazeres
Da lista de prazeres aí ao lado, hoje só pode ter um gato a ronronar ao colo.
Não há sol,
as camomilas estão molhadas,
está a chover e assim,
andar de mota não é um prazer.
Pior, há um prazer que ela não tem há tanto tempo:
Nada fácil
Porquês
Num luto normal, i.e, pelo morte de alguém que amamos, apenas recordamos as coisas boas.
Hoje, ela não se consegue lembrar das coisas boas:
Só se lembra das más.
Porquê? Porquê?
Porque raio é que aguentou tanto tempo?
Porque raio demorou tantos anos a tomar esta decisão?
Não estaria melhor agora?
Hein??
Porquê? Porquê?
Luto
Ela sabe que vai entrar em luto.
Aliás, ela sente que já está de luto há dois anos.
Um luto terrível, pois o amor dela foi ferido de morte mas ainda estava vivo.
Um luto terrível, pois continuou a tentar reanimar um morto.
Mas, mesmo assim, vai entrar (ou continuar) em luto.
Mais uma vez, a palavra de médico:
Um divórcio (...) assume o significado de uma morte em vida.
A mulher sente a perda do «ente» gostado,
mas está impedida de fazer um luto adequado,
pois este «morreu» mas continua vivo.
surgem sentimentos de depressão,
desvalorização,
baixa de auto-estima,
angústia intensa e
labilidade afectiva,
muitas vezes na origem de transtornos clínicos.
Ora aqui está: ela sofreu isto tudo nestes últimos anos, em particular nos últimos dois!, assim, não deve piorar... ela não consegue imaginar-se pior...
O risco de suicídio é três vezes superior,
com aumento do consumo de tabaco,
bebidas alcoólicas, drogas e condutas de risco.
Pensar em morrer, ela pensou.
Tabaco, não lhe parece, pois deixou de fumar no dia 23 de Julho de 2003 e, orgulhosamente, ainda não tocou em nenhum cigarro desde então.
Bebidas alcoólicas e drogas também não lhe parece.
Condutas de risco.... hmmm.... a ela parece-lhe melhor andar de comboio, porque da última vez que foi trabalhar de mota, assustou-se com ela própria, ao fazer ultrapassagens, que habitualmente não fazia!!!
As consequências objectivas de um divórcio para a mulher
podem passar pela diminuição do poder de compra,
da saúde, das expectativas positivas de vida.
Ora, mais uma análise da situação dela:
ele contribuía com algum dinheiro para a família, mas era
ela que governava a casa.
Relativamente à saúde, ela pensa que vai poupar dinheiro,
ao resolver este problema,
em medicamentos ansiolíticos e antidepressivos
e em consultas psiquiátricas
em que anda mergulhada há dois anos...
Expectativas positivas da vida... aí sim: ela não tem,
pelo menos, no que diz respeito ao "amor"!
Da qualidade e brevidade com que a mulher consiga superar a crise do divórcio
resulta o bem-estar e saúde mental dos filhos que,
habitualmente, ficam à sua guarda.
Ora aqui está uma coisa FUNDAMENTAL
que ela também teve em conta ao tomar
esta decisão tão difícil:
a saúde e bem-estar dos seus filhos!
Que exemplo estaria a dar, se continuasse a
sentir-se miserável?
Assim, ela espera, do fundo do coração,
estar a dar um exemplo
de
LUTA
pela própria dignidade
pelo amor-próprio!
Ela espera que um dia, os filhos a entendam e perdoem.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Ora aí está a palavra de médicos
São expectativas pouco realistas as que, muitas vezes, levam a mulher ao casamento. É a crença na existência do «príncipe encantado» dos contos de fadas e na solução mágica de todas as suas necessidades, através deste homem-pai-irmão-amigo e companheiro.
pois, as histórias de príncipes e sapos....
É, depois, a desilusão brutal nos sonhos desfeitos por uma realidade feita de
dificuldades por partilhar,
rotinas erosivas e
pouca disponibilidade para o diálogo,
quase sempre da parte do homem (...) mulher, que identifica este défice comunicacional, sentindo-se impotente para o resolver sozinha.
that's the story of my life...
Contudo, outras existem, decorrentes do mesmo, com igual relevância. Ambos sofrem
transformações ao longo do tempo,
mas em ritmos diferentes que nem sempre se complementam.
mais um ponto para o País de Gales...
Surge uma desarmonia afectiva e discordante, quase sempre conducente à separação,
primeiro emocional
e depois efectiva,
consequência deste amadurecimento desigual.
pois, ... e não me parece que seja preciso mais alguma coisa...
Dentro do casamento,
são invocados como causadores do divórcio elementos como
a infidelidade,
factores sexuais,
económicos,
falta de comunicação, mais uma
incompatibilidade de carácter e
diminuição do desejo sexual,
conflitos constantes, e outra
interferência dos sogros,
falta de dedicação ao casamento, e outra
as próprias crenças acerca do casamento e do divórcio e outra
a interferência de factores psicológicos inconscientes que nos levam,
por vezes, a manter uma relação destrutiva e
outras a terminar essa mesma relação.