quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Recaídas

Pois é, não é só os alcoólicos nem toxicodependentes. Os apaixonados também têm!


Vou criar a Associação


sábado, 6 de setembro de 2008

Viragem

Este blogue foi criado com a intenção de fazer uma catarse dos terríveis momentos que se atravessam num divórcio.

Este período foi acompanhado de perto pelos meus amigos, o que, do fundo do coração, lhes agradeço!, e também por pessoas que não conheço nem fazem ideia quem eu seja.

Por estranho que pareça, escrever aqui ajudou-me a superar a dor e ler os comentários de apoio dos amigos foi precioso (mais uma vez, OBRIGADA). Se alguém a ler os meus posts escritos com raiva, dor, indiferença, surpresa, descrença no futuro e agora com alguma esperança, se sentiu menos só então o blogue atingiu uma meta nunca imaginada.

Neste momento, ao ler o comentário da Divagando_Sempre ao post anterior, decidi por um ponto final neste blogue. É agora tempo de me virar para a frente, deixar o passado e aproveitar e sugar o tutano da vida enquanto tiver força e saúde!

No entanto, não o vou apagar para já...

Farewell my friends!!! Love you all!!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Verdade Amarga

- Não vai gostar de ouvir o que lhe vou dizer, disse a psicóloga, mas o seu marido era assim porque a senhora lho permitiu!...

É verdade, porra!
Se eu tivesse pensado em mim,

gostado de mim, tão simplesmente,
teria imposto algumas regras
e delas não fugiria!

E talvez, sim, talvez
ele não tivesse vivido para si próprio,
talvez tivesse visto que
eu existia...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Quatro meses

Faz na quinta-feira 4 meses que se divorciou.

Olhando para trás, o balanço é absolutamente positivo!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Mais uma pazada de terra

O pior cego é aquele que não quer ver e ela foi

CEGA
durante muito tempo.
Agora, finalmente, começa a somar 2 + 2 e conta começa a dar
QUATRO
como deveria e não outro número como ela desejaria...
Esse senhor, que um dia ela chamou de seu amor e que amou quase mais que a própria vida, esse senhor, sim, foi desleal, totalmente infiel e não mereceu uma lágrima vertida, um segundo de espera, um sorriso de alegria e uma palavra de apreço.
A ela, só lhe apetece mandá-lo pró
C******!!!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Ninguém diria

Ninguém diria, mas hoje, numa reunião chata, conseguiu fazer HUMOR com o seu divórcio.
Diria que é um avanço, um passo de gigante, na direcção da sua libertação total...

Só tenho a dizer: Boa, miúda!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Ajudas-me?

Estava eu, no fundo do poço
do desespero e da solidão
e tu... não sabias.

Estavas tu, no fundo do poço,
do mesmo poço que eu
e eu... não sabia.

Um dia,
olhámos para fora de nós e vimo-nos.

A solidão morreu ali,
porque eu tinha-te a ti
e tu tinhas-me a mim.

Entrelaçámos os braços,
encostámos as costas
e juntos,
subimos o poço.
Passo a passo,
tijolo a tijolo,
matámos o desespero,
voltámos a sorrir
e
recomeçámos a viver.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Carta

Agora mesmo resolvi escrever-te.
Não consigo dormir.
Não estares bem deixou-me preocupada.
Adicionando os meus mortos desenterrados à hora de jantar, obtemos uma equação em que o primeiro membro é falta de paz e o segundo falta de sono. Equação possível e indeterminada, como se sabe.

Fui buscar o portátil e estive a navegar, sem rumo nem norte, na internet e em pastas residentes aqui no computador.
E foi aí que te vi. Uma foto tua, tirada pela tua filha, no solstício de Verão. Estavas feliz, pois estavas com quem amas.
E foi aí que me apeteceu dizer-te:

És tão lindo! Tão lindo!!

Pensei em "sms"ar-te, mas irias acordar.
Pensei em "email"ar-te, mas é vulgar.
Assim, resolvi "post"ar-te.

Repara, nas três frases anteriores podemos ouvir "arte".
Tu és arte.
Tu és belo.
Tu és lindo.

Tivessemos agora apenas 23 anos,
Continuassemos agora ainda puros d'alma,
Não estivessemos agora feridos de morte no nosso coração
e
Eu diria que me quero apaixonar.
Sem tino nem pudor.
Sem medo ou dor.
Sem pensar
Apenas amar.
Aqui e agora!

Tivessemos agora o coração limpo de mágoa...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Verdade Dura

Divorciei-me não por deixar de amar,
Divorciei-me porque não conseguia sofrer mais.

domingo, 29 de junho de 2008

Dois meses

E fez ontem dois meses que ela se divorciou.

Neste tempo passou por vários sentimentos diferentes e, até mesmo contraditórios entre si.

Uns dias esteve feliz,
outros infeliz,
uns sentiu-se bem,
outros sentiu-se miserável.

Uma sensação comum e quase sempre presente foi a paz.


E agora, ultimamente, descobriu que não está morta!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ontem

Sem rumo perdi-me
na tua pele.

Sem pudor derreti-me
no teu corpo.

Sem medo afundei-me
nos teus olhos.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Loucuras

Apetece-me a sério.
A sério que me apetece.

Sem pensar.
Sentir apenas.
Apenas eu e quem eu quiser.
Aqui e agora.

A sério que me apetece
Estar-me nas tintas
Para o que dizem,
Para as regras e
Para o decoro.

Apetece-me
A sério que me apetece.

Casulo

Como seria fácil
meter-me num casulo,
protegida de tudo
e de todos.

Só.

Apenas eu e a
trama de seda,
o meu escudo,
que filtraria
a luz e o som,
o choro e o riso,
a vida.

P'ra quê viver
fora do casulo se
continuo só,
peço um abraço e
suplico um beijo?

Viver para
ter uma carícia
ao amanhecer,
e de novo morrer?

Renascer das cinzas
e morrer a seguir
p'ra quê viver?

Assuntos por resolver

Depois de dias felizes, a procura de duas músicas especiais acordou os seus fantasmas e deixou-a de rastos outra vez.

Então ela tem que decidir, dentro de si, o que quer, como se quer.

Por tudo o que viveu no seu casamento, pela ausência de emoção, de calor, de alegria, ela dificilmente admite voltar a ter uma relação com o seu ex-marido. Para que isso fosse possível, e usando palavras dele, ele passaria a ser infeliz. E nunca, nunca, nunca quis que ele fosse infeliz a seu lado. O que ela tinha gostado era exactamente o contrário, que ele fosse feliz a seu lado.
Por ser demasiado insuportável continuar o casamento, decidiu divorciar-se para dar uma segunda hipótese a si mesma. Mas é difícil.
Muito difícil. Em especial quando algo despoleta recordações tão doces quanto antigas. Que, depois, num efeito de queda de dominós, vai acordar outras recordações não tão boas, nem tão antigas e traz-lhe de volta a tristeza.

O sentimento não morre assim, não se desliga como um interruptor. Mas ela pode desligar o contacto que tem tido com ele, que, embora esporádico, não lhe é saudável.

Este casamento já morreu há muito. Falta o enterro. Já tentou várias vezes, mas há sempre uma assombração a toldar-lhe o caminho, a impedi-la de raciocinar.

Assuntos por resolver:
- enterrar, DEFINITIVAMENTE, o passado e com ele todos os episódios que a magoaram mas também os que a fizeram feliz;
- tratar da burocracia final: desligar-se das contas bancárias, cessar a quota na empresa e fazer as partilhas;
- mudar as visitas paternais aos filhos, para uma partilha de fins de semana mais equitativa;
- e, o mais difícil, tirar de sua casa os milhares de discos da colecção de discos; escolher alguns, encaixotar o resto e transportar as dezenas (talvez a roçar a centena) de caixotes para a garagem.

Este último assunto será o corte final. Ver as paredes do sótão vazias. Enfrentar de vez o vazio na sua vida.

Depois, tem que aprender a lidar com este vazio, sozinha. Ela e ela só.
Apenas ela.
Só ela.
Ela...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Pergunta

Já não consegue amá-lo.

A bem da sua saúde,
já não quer amá-lo!

Já sabe, está vazia.

Será que vai amar outra vez?
Sem medo?
De toda a alma e coração, que é a única maneira que ela consegue ver o amor?
Será?

SMS

Nunca odiou a música nem os discos, como ele tantas vezes alegou. Apenas odiou o seu investimento nesse campo e, principalmente, o desinvestimento em si, como Mulher.

A música continua a ser importante para ela e a despertar emoções muito fortes. Chora, ri, dança, baila e delira com músicas.

Ainda tem orgulho nele e no que conseguiu fazer pela música da cidade. Não consegue nem odiá-lo nem ter raiva dele. Mas não consegue amá-lo mais!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Dor d'alma

Tivesse a dor d'alma uma origem clara como as dores das pernas,

e ela sabia porque lhe dói tanto o coração.
Bastasse à dor d'alma ser massajada
e ela esfregá-la-ia com Reumon Gel.

Depois de um fim de semana recheado de alegria,
no final de tarde de domingo ela foi invadida por
uma dor d'alma
uma nostalgia
uma tristeza
que não consegue explicar!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Apeteceu-me

Estar na cama
Embrulhada num edredão
E ter frio

Dormir e
Sentir um abraço quente
A sonhar

Tantas noites frias
Tantos abraços sonhados

Tantas vezes quis
Ver-me nos teus olhos,
Sentir-me nos teus dedos
E não estavas…

Então,
Fui morrendo
De solidão
De abandono e
De tristeza.

domingo, 15 de junho de 2008

Catarse

Ao construir e manter este blog ela foi fazendo a catarse da sua angústia.
Obrigou-se a racionalizar os sentimentos e episódios a fim de os poder escrever, com isso, foi percebendo o que se passava com ela e com a sua relação.
A catarse foi feita.

sábado, 14 de junho de 2008

Renascer das Cinzas

Lentamente ela sente-se renascer das cinzas, qual fénix!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Ouvir falar

Um amigo dela também se está a divorciar.
E eles costumam conversar (são o ombro amigo do outro).
E ao ouvi-lo contar as reacções da ainda esposa (palavra horrível), ela dá graças a Deus.
Graças a Deus porque o seu divórcio decorreu com tranquilidade.
E graças ao seu phantom claro!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Hábitos...

Mais um hábito.
Hoje, ao sair da escola tarde, depois de um dia cheio de trabalho (entrou às 8 e 15 e saiu às 22h), a primeira coisa que teve vontade de fazer, foi

telefonar ao seu phantom
para partilhar o seu cansaço
para partilhar a sua vida
Mas depois pensou:
A menina não está boa da cabeça!
Então, já sabe como era,
telefonava-lhe e ele comunicava através de
uhuhu... pois.... hãhã... claro
Então, telefonar para quê??, hein?
Ganhe juízo, ó menina!
Então, ela não telefonou...
Em troca, telefonou a um amigo e estiveram a conversar quase a viagem toda! E riram-se das piadas estúpidas que costumam ter...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Aniversário

Primeiro aniversário em muitos anos que não vai jantar fora com ele.
Também é o primeiro em muitos anos que

não está à espera até ao último momento para saber se ele afinal pode ou não ir jantar com ela,
não está à espera até ao último minuto para poder sair a horas "decentes" para jantar fora,
não está à espera de receber um sms dele a desejar: Parabéns

É mesmo o primeiro ano que não espera nada dele:
nem palavra,
nem jantar,
nem prenda,
nem nada.

E tudo o que recebeu foi imenso, fantástico. Os alunos cantaram-lhe os parabéns CINCO vezes, ofereceram-lhe duas prendas e obrigaram-na a soprar as velas por duas vezes também! Houve telefonemas e mensagens. Bom!

Mas o melhor de tudo foi o Bolo de Anos confeccionado pelos seus filhos, os seus Beijos de Parabéns e um desenho a dizer:
És a melhor mãe do mundo!


Ele há melhor aniversário? Não!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Expressões Mais Usadas

Para designar aquele que connosco assinou um contrato de partilha de vida, usa-se a palavra MARIDO ou pior ESPOSO.

Ela usava: MEU HOMEM

Para designar aquele com quem rompemos o contrato, costuma-se usar:
Ex-marido
Ex-esposo
para as pessoas mais conservadoras.
Falecido
Defunto
para quem o "matou" no seu coração.

Ela DETESTA as primeiras opções e não consegue MATAR o seu ex????????....

HÁ QUE INVENTAR UMA
EXPRESSÃO DESIGNATÓRIA
funções aqui não, por favor...
maldita deformação profissional!

Ele não morreu
Ela não o consegue matar/enterrar
Ele continua a vaguear na mente dela, as pernas dela ainda tremem...
...
zombie
fantasma
ghost
phantom
...
E ela pode passar a referir-se:
O meu phantom disse, aconteceu... blá blá blá
A ver vamos, se resulta...

Hábitos difíceis de mudar

Ele há hábitos enraizados de tal modo que não há tempestade que os arranque.

Ao ouvir uma teoria disparatada de um aluno acerca da música pré-Nirvana

O rock antes de Nirvana era todo Gay!
Ela lembrou-se de telefonar ao ex-marido (que expressão horrível, esta; next project: arranjar uma expressão para designá-lo...) a contar, a partilhar esta piada, rir um bocadinho em conjunto. Afinal a música foi um elo que os uniu durante muitos anos. Muitas horas passaram a ouvir o mesmo disco, há tantos anos atrás. Antes do trabalho, antes da rotina e antes de tanta coisa interferir...
Apesar de achar que não devia fazê-lo, ela acabou por lhe enviar o sms com o comentário inovador do aluno... sms que não obteve qualquer resposta.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Truques

Ela obriga-se a pensar:

Se morrer amanhã, como quero passar o último dia?
A pensar no passado?
A pensar no futuro?
NÃO!
A absorver tudo de HOJE!

domingo, 1 de junho de 2008

Enterros

Ela tem que decidir-se:

Ou continua mergulhada no passado
com pena de si própria
a pensar no que poderia ter vivido...

Ou enterra de vez o passado
passa a olhar para o ex-marido
não como ex-marido
mas apenas como o pai dos seus filhos

e

começa a olhar para a frente
para aquilo que ainda pode viver,
pois não recebeu nenhum ultimato de vida
nenhum médico lhe disse
só tem 3 meses, um ano...

A menina tem que se olhar ao espelho
A menina tem que começar a gostar de si, ouviu?
Tem que dizer: Eu gosto de mim!
A menina tem que se pôr bonita.
A menina tem que se pôr bonita, não para os outros, apenas para si.
A menina tem que viver, ouviu?

sábado, 31 de maio de 2008

Solidão

Ao fim de 33 dias após a dissolução do casamento, pela primeira vez, ela sentiu-se só.
Muito só.
Mesmo, mesmo só.

Quando estava na cama a tentar ler um pouco, a mente vagueava-lhe e não o conseguiu fazer.
A cadela não sossegava e assim, não podia dormir com 20kg impacientes e irrequietos.
Foi então que lhe deu o baque:

Que vontade de dormir encaixada,
nos braços e no calor
do seu amor.
Triste, triste mesmo,
foi que dormiria
nos braços de alguém
que estivesse disposto
a abraça-la!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

AGORA vs ANTES

Ainda há TRÊS dias apenas, ela declarou estar tranquila.
Hoje, não esteve tranquila.

O filho dissera-lhe, feliz e expectante, que o pai os vinha ver hoje, sexta-feira.

Tantas sextas-feiras que ela tinha gostado que ele estivesse disponível para a família e ele não estava.

Afinal só está disponível no sábado ou domingo.

Tantos domingos que ela quis passar com ele e era impossível.

E AGORA ele tem domingos livres!



E AGORA come Bacalhau à Brás
com prazer e sem se queixar do estomâgo.
Em casa da mãe, sublinhe-se, pois em casa deles não comia!

porque lhe fazia mal,
porque tinha muita gordura,
porque não era saudável,
porque era um desperdício de bacalhau,
porque tinha batatas fritas,
porque tinha ovo!


AINDA O HÁ-DE VER A FAZER UM TRATAMENTO DE FERTILIDADE!!!
E AÍ ELA MATA-O, MATA-O COM AS PRÓPRIAS MÃOS!!!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Tranquilidade

Ela nunca pensou conseguir viver sem ele, mas o balanço destas quatro semanas mostraram-lhe o contrário.

Ela consegue viver sem ele e mais, consegue fazê-lo com tranquilidade.

Não afirma que é feliz. Apenas afirma que está tranquila, bastante tranquila: já não se preocupa se ele vem jantar ou não,
se ele dorme em casa ou não,
se ele chega atrasado ou não,
se ele atende o telemóvel ou não,
se ele inventa uma desculpa esfarrapada ou não...

Ele deixou de estar na equação da vida dela e é fantástico!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Paz

Hoje, ela esteve em paz.
Levou os filhos à lição extra de vela e veio para casa, pois tinha combinado com o pai que seria ele a buscá-los.
Chegou a casa ainda cedo e teve um prazer tão querido, pode dormir até ao fim da manhã, sem se preocupar em fazer o almoço.
Hoje, os filhos tiveram o pai só para eles, coisa quase impensável quando eram casados.

Ao fazer a sua caminhada pontilhada de corrida, ao ouvir a mesma música que tanto a tinha incomodado há dias, ela nada sentiu.

E já nada sente quando ele chega tarde, quando ele não telefona, quando ele mente, quando ele não vem,... porque ele já não faz parte da sua vida.

Enfim, a paz almejada está a chegar!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Saudades

Hoje, ao fazer uma corrida e a ouvir música, ela lembrou-se que aquela música foi comprada pelo ex-marido, lembrou-se do prazer que tinham os dois ao ouvir, juntos, aquelas músicas e foi invadida por uma saudade dilacerante:

Há tanto tempo que nem isso faziam juntos.
Há tanto tempo que ele não lhe dedicava uma compilação de músicas escolhidas a pensar nela.
Há tanto tempo que ele não era o seu DJ privado.

A correr e a ouvir música, a dor foi, outra vez, dilacerante,
tão dilacerante que teve que chorar e gritar!
Teve que gritar!
De raiva...

Porquê?
Porquê o desinvestimento dele,
porquê o desapego dele?
Porquê?

Quando?
Quando é que ele deixou de gostar dela?
Quando deixou ele de investir nos dois?
Quando é que ele desistiu deles?


Ela vai ter que aprender a comprar música outra vez...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Viver

Apetece-lhe
Aprender o que nunca aprendeu.
Beber o que nunca bebeu.
Estar com quem nunca esteve.
Fazer o que nunca fez.
Ir onde nunca foi.
Provar o que nunca provou.
Sentir o que nunca sentiu.
Viver o que nunca viveu.
Viver!
Todos os dias da sua vida! Viver!
Emocionar-se!
Chorar,
gritar,
sorrir e
rir.
Rir baixinho
rir assim assim
rir à gargalhada!
Sentir!
Sentir outra coisa que não o vazio!
Mas, ela começa a encher-se!!!
Aleluia!!

domingo, 18 de maio de 2008

Sobrinhas

Ter sobrinhas é tão bom como ter amigos.
Ter sobrinhas que nos apoioam quando precisamos é fantástico...
Ter sobrinhas que fazem de babysitter para a tia sair também

é porreiro, pá

sábado, 17 de maio de 2008

Amigos

Ter amigos é fantástico!
Ter amigos fantásticos é ainda mais fantástico.

Conversar uma hora é bom.
Conversar duas também.
Conversar três ainda melhor,
mas conversar nove horas é o máximo!

Um dia de sol a sós é bom.
Um dia de sol na praia é bom.
Um dia de sol na praia com amigos é fabuloso!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Sentimentos novos

Mesmo agora, ela esteve a reler



e ainda

e estranhamente não sofreu.

Espanta-se de não ter tido a força que teve agora, ao pôr um ponto final nesta situação tão cansativa, desgastante e indigna! Agora, neste momento, o seu sentimento é de espanto.
Não sofre. Espanta-se.

Prioridades

De repente, descobriu que havia mais mentiras no seu passado.
Coisas que nunca tinha imaginado...

Mas há que não valorizar o passado longíquo. Ela tem que valorizar as razões que a levaram a divorciar-se.
E essas razões prendem-se mais com o que ele não fazia em casa do que com o que fazia na rua...

Melhor, ela tem que começar a valorizar o futuro.
Tem que enterrar, de vez, o passado! Já pensou num ritual... um enterro físico de algo simbólico do seu passado.
Tem que alimentar o futuro! E também, já concebeu um ritual de passagem, cheio de esperança: vai colocar um anel com o seu nome gravado e "casar-se-á" consigo própria.

Será com ela, e com ela apenas, comprometida.
Nunca mais usará o nome de outro num dedo, apenas o seu!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Intimidade

Ela pensava que tinha tido momentos de intimidade com ele. A sério que pensava...
Para ela, fazer amor era o máximo de intimidade que tinha com ele, era a única altura em que o sentia dela, apenas dela, com toda a atenção dele...

Enfim, como pôde ser tão estúpida, tanto tempo?
Hoje, ao ouvir duas amigas a falar de intimidade que têm com os maridos, ela ficou estarrecida: afinal nunca teve intimidade com ele!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Homens vs Cães Vadios

E não é que há mesmo por aí uns cães vadios bem giros?

Problemas a sério

Um primo dela (melhor, neto de um primo dela, que a fará sua bisavó-prima (????)), apenas com 16 anos tem leucemia.
Isso sim é um problema. E faz com que ela se sinta envergonhada na sua dor.

Hoje, a mãe dele regressava de Fátima e encontraram-se na estação.
Depois de uma troca breve de palavras acerca da saúde do filho e da possibilidade de transplantes, a mãe perguntou-lhe pelo marido, pois que nunca mais o tinha visto a visitar o filho (quando se sabe que trabalha no mesmo edifício!)... e ela disse-lhe que não sabia dele, pois tinha-se divorciado dele há quinze dias.

Perante a cara de espanto, ela disse-lhe:

Não te preocupes.
Eu não sou a mãe dele nem a sua criada.
Se ele não quer ser meu marido
ou não me quer para sua mulher/companheira,
pró C *****!!!
E então quem ficou surpreendida foi ela.
...
Tem dias!

domingo, 11 de maio de 2008

Mais voltas de montanha russa

Hoje, ela foi visitar uma senhora amiga que tinha sido atropelada.
Hoje, ao visitar essa senhora, ela voltou a ver uma amiga de infância que já não via há uns tempos.
Hoje, ao reencontrar essa amiga, contou-lhe que estava divorciada há quase duas semanas (faz duas semanas amanhã!).
Hoje, ao contar à amiga as razões pelas quais ela se divorciou, relembrou-se e ficou indignada outras vez. Indignada com o seu ex, indignada consigo mesma por ainda ter saudades, indignada por não conseguir controlar os seus sentimentos...
Hoje, ela ficou contente outra vez com a decisão dela!

Saudades

Esta semana tem sido profícua em sentimentos contraditórios!
Uma autêntica montanha-russa!

Hoje, os filhos foram almoçar a casa da avó paterna. O pai veio buscá-los. E ela viu-o. E ele estava com bom aspecto. Sorriram. De longe: da porta do carro para a janela do quarto que em tempos foi de ambos.

Hoje, ela tem o coração cheio de saudade.
Hoje, ela tem o coração cheio de raiva, raiva de ter saudade!
Hoje, na cabeça dela trava-se o seguinte diálogo:

Ai a menina tem saudades? Ai tem? Tenho.
Ai, coitadinha da menina com saudades... E tem saudades de quê?
De dormir encaixadinha. De dormir com ele a abraçar-me.
Coitadinha. Tão triste dormir sozinha! Então, e quantas vezes é que a menina dormia abraçada? hein? não era só uma ou duas vezes por semana? hein? E saudades dos silêncios dele, tem? e das palavras de escárnio, também tem? e da PRIVACIDADE dele tão exacerbada, também tem?
Ó menina, tem saudades de quê?
Vá lá mas é corrigir testes e tenha juízo!
...

sábado, 10 de maio de 2008

Montanhas Russas

Ela não precisa de andar numa montanha russa.
As suas emoções são uma montanha russa.
Um dia está bem.

Outro dia está assim-assim.
Outro dia apetece-lhe morrer.
Esteve outra vez no viaduto
a olhar para a linha do comboio,
a pensar que seria tão fácil,
tão fácil acabar
com esta montanha russa
de uma vez por todas!
Mas pensou outra vez nos filhos
(que não merecem perder duas mães...)
pensou nos pais
(que não merecem enterrar a filha)
pensou no irmão e na cunhada
(que nunca mais iria ver)
pensou nas sobrinhas
(que nunca mais se podia orgulhar delas!)
e pensou nele
pensou nele
e ele
não merece que ela perca a vida!
MAS PORRA!! ISTO É MUITO MUITO DIFICIL!!!!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Mais um 6

O post anterior foi escrito numa SEXTA feira dia NOVE, que nada mais é que um seis virado ao contrário... e às 0 horas e 36 minutos que é 6 ao quadrado....

O número SEIS

O número seis é o primeiro número inteiro perfeito: é igual à soma dos seus divisores (excluindo o próprio).

6 = 1 + 2 + 3
Mais, seis é o único número que é simultaneamente igual à soma e ao produto dos seus divisores.
6 = 1 x 2 x 3
Para ela, o número seis é místico, pois:
nasceu num dia 6
do mês 6
ele também nasceu num dia 6
começaram a namorar num dia 6
entrou para a Universidade num dia 6
fizeram amor pela primeira vez num dia 6
demorou 6 anos a acabar o curso
(o que significa que chumbou um ano.... mas isso não interessa nada... senão isto perdia a piada!)
namorou 6 anos
quando se casou, a prenda monetária mais frequente que recebeu foi de 6 contos
mora num número 6
inscreveu-se para adopção no 6º ano do seu casamento
soube que a adopção plena dos deus filhos tinha sido decretada num dia 6
enterram o casamento num dia 6
não, ela nunca acertou nas 6 bolas do Totoloto....

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Mnemónicas

Ela não se pode esquecer das razões que a levaram a tomar esta atitude tão drástica.
Não se pode esquecer das palavras cruéis,
dos actos cruéis,
da arrogância,
da indiferença,
do desprezo
que ela sentia por parte dele.

Não pode ser um abraço nem umas lágrimas que a demovam...

Saberes

Ela já sabia.
Já sabia que iria sofrer.
Nunca pensou que iria sofrer tanto.
Sofrer como se da morte de alguém de tratasse.

Ela já estava morta, o seu casamento também. Ele ainda não sabia ou não via.
Ontem, abraçados, despediram-se desta vida a dois. Morreram as ilusões. Morreram.

Ela já sabia que ia ser difícil. Ele nunca pensou que ela fosse até ao fim, mesmo depois de o casamento estar dissolvido, ele nunca acreditou.

Ela já estava preparada. Ele não. Mas estão os dois a sofrer. De modos diferentes...

Ela não sabe se vai ser mais (in)feliz. Mas sabe que há-de deixar de sofrer. Há-de ter paz. Ela não teme o futuro. Ela não teme estar só.

Ela tem pavor de nunca mais conseguir amar! Nunca mais se dar. Porque sabe que a melhor parte de si morreu e já não acredita na Bela Adormecida nem em Príncipes Encantados que a acordem dessa morte...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Enterro

Hoje, ele veio buscar a roupa dele, aquela que ela lavou, passou e arrumou, aquela que ela cuidou durante tantos anos.
Hoje, ele estava no WC a tratar de uma pequena ferida e abriu a porta do armário que costumava ser sua e encontrou o vazio. Então, olhou para ela e
Hoje, ele abraçou-a e chorou, chorou, chorou!

Hoje, ela viu-o a transportar as malas,
as caixas e os sacos para o carro.
Hoje, ela viu-o no WC,
a abrir a porta do armário que costumava ser a sua
e encontrar o vazio e chorar.

Hoje, eles abraçaram-se e choraram, choraram...
Hoje, ele ouviu-a e chorou ainda mais...

Hoje, ela convidou-o para jantar,
para beber um café.

E, então, ele foi embora.
Hoje, ele deu-lhe um beijo na testa, e desceu as escadas e foi embora...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Sonhos

Será que são todos os sonhos que comandam a vida, ou apenas aqueles que se sonham acordados?
Se forem todos os sonhos, até mesmo os inconscientes, ela está desgraçada,


pois todas as noites tem sonhado com ele!

Ameixas Verdes

Só quem já comeu pode perceber porque raio é que me apetece comer ameixas verdes!!!!

E já agora, gritar!!!

Areia vs Pérola

Tenho a agradecer à Divagando-Sempre as palavras de apoio, em especial à comparação do meu sofrimento a um grão de areia dentro de uma ostra que acaba por se transformar numa pérola.

Espero, tenho esperança, que a minha areia se transforme numa pérola...

domingo, 4 de maio de 2008

Chicken memory?

Hoje, ela sentiu saudades do pouco que tinha.
Hoje, ela pensou que o pouco que tinha era algo.
Hoje, ela pensou que agora não tem nada!
Hoje, ela perguntou-se se fez bem.
Hoje, ela questionou-se se alguma vez mais se vai ver nos olhos de alguém.
Hoje, ela duvidou se alguma vez vai ser tocada na face, abraçada ou estar ao colo de alguém.

Mas,
ela não se pode esquecer

o quão infeliz era com
o tão pouco que tinha!

Saturação

ISTO NUNCA MAIS ACABA?
NUNCA MAIS TENHO PAZ?
ARRE!!!!!!!!!!!!

Mais mudanças

Mudanças.
Constante mudança.
Mudança previsível.

Tudo na mesma.

Ela faz, desfaz, toma decisões: mexe-se!

Como já tinha dito antes, ela lavou e passou a roupa dele que estava por tratar. Nada de novo. Mas desta vez, é a última!
Ela arrumou toda a roupa dele, toda, em malas, em sacos e em caixas.
Arrumou tudo.

Desfez a cama. Melhor, desmontou a cama e encostou tudo à parede.

O quarto tem agora uma cama desmontada encostada à parede, um colchão vazio encostado à parede e algumas malas, malotes, sacos e caixas encostados e empilhados junto ao colchão.

Será que ele percebe que chegou ao fim da linha?

PS: Foi difícil e ela ainda chorou!, sim chorou, pela sua infelicidade quase constante, pela impossibilidade da mudança de atitude dele, pela diferença de prioridades deles, pelo investimento dela, pelo desinvestimento dele, pela vida passada, pelo que podia ter sido... Chorou também pela quase certeza de que nunca mais vai amar, pois está morta por dentro, pela quase certeza da infelicidade que vai sofrer... Mas, entre uma quase certeza e uma certeza, ela escolheu a probabilidade menor. Entre ficar e arriscar, ela escolheu o arriscar...

Boa sorte para ti, miúda!

Solidões

Domingo.
Dia da família. É o que dizem.
Tendo, durante 14 anos, 6 meses, 19 dias e 2 horas (e alguns minutos...) um marido enfermeiro, coleccionador/negociante de discos, manager de várias bandas e radialista, ela está mais que habituada a passar os domingos apenas com os filhos, como noutro dia qualquer.
Divorciada há seis dias, este é o primeiro domingo que passa sozinha com os filhos, na condição de família monoparental.
A sensação é a mesma.
Viver com e para eles.
Apenas com um ligeiro pormenor: ela não espera nada dele, telefone ou não, que venha almoçar ou não, que venha jantar ou não...
A solidão é a mesma.
Correcção: não é a mesma, não! Agora, ela sente-se sozinha, apenas sozinha e não abandonada!

sábado, 3 de maio de 2008

Flashback 4

18 de Janeiro de 2006

Esperar que ele me fale.
Esperar que ele se abra.
Esperar ouvir os sentimentos dele.
Esperar…
Esperar…
Esperar…
Todos os meus amigos me dizem para esperar, ter calma, não fazer nada precipitado, tudo calmamente…
Pensar no que de bom tenho.
Pensar no que iria perder.
Pensar…
Pensar…
Não tenho feito nada mais que esperar.
Não tenho feito nada mais que pensar.
Não tenho feito nada mais que …
Nada!
Não faço nada!
Mas sinto
Sinto
Sinto
Sinto
Sinto
sinto e
dói
dói
dói
dói
dói!
Hoje lembrei-me do que fiz quando soube o resultado da TAC: dobrei o pijama dele com todo o amor e carinho e cheirei-o.

Inalei profundamente o cheiro do meu homem para ter um bocadinho dele.
Inalei as moléculas do meu homem que ficaram agarradas ao tecido.
Fiquei com o meu homem dentro de mim.

Fundi-me com as moléculas do meu homem…
O meu homem…
as moléculas dele…
as células mortas da pele dele…
restos dele.

Porque não me restava nada dele.
Porque ele estava em casa de outra.
Porque ele estava com outra…
Porque ele não estava comigo…

Hoje pensei no que fiz quando soube o resultado da TAC chorei!
Hoje chorei!

Flashback 3

O dia mais difícil da vida dela, até agora: o dia em que ELA, ela como se conhecia, morreu...


10 de Janeiro de 2006

Dia 5, às duas da manhã R. telefonou-me a dar a novidade feliz: Não tinha nenhum problema no cérebro, não tinha nenhum tumor!
Chorei de alegria. Mas ele não vinha a casa, dormiria no Hospital, na cama 3, pois era tarde e, no dia seguinte, iria fazer o turno da manhã e estava muito cansado. Entendi. Triste, mas entendi...

Dia 5, à hora de almoço recebi um telefonema da C. que queria saber o número de telefone da mãe de R., pois ele tinha-lhe dito que ia dormir em casa da mãe e iria de manhã ter com ela, C.

Estranho, muito estranho, a mim, disse que iria dormir no Hospital, à amiga, disse que seria em casa da mãe... é possível haver uma explicação!

Dia 5, pelas 13h, R. telefona-me indignado, pois porque que razão tinha eu telefonado para o Hospital à sua procura (não tinha sido eu, mas sim C., mas ele não sabia...). Nesse telefonema, R. meteu as mãos pelos pés ao tentar explicar-me porque às 20 h da véspera tinha combinado uma coisa com C. e às 2 da madrugada tinha-me dito outra coisa... Afirmou então que tinha dormido em casa da mãe!... Eu já sabia que não!

Saí do trabalho e fui ter com ele. Depois de muita insistência, admitiu que foi dormir a casa de uma amiga. (??????????)

No dia em que descobre que não tem um tumor na cabeça vai dormir a casa de uma amiga????? Não partilha a alegria com a esposa????

Que amiga, meu Deus? NÃO INTERESSA, diz ele, dezenas de vezes!

Afinal, apenas tinha ido dormir a casa da S., onde já tinha dormido muitas vezes! E não só em casa de S., mas já tinha ido dormir várias vezes a casa de C. E eu sempre a pensar que ele estaria a fazer o turno da noite ou a dormir em casa da mãe... Mentiras, tantas mentiras!

Quase a certeza que ele me trai!
Uma amiga…
Está a lanchar com uma amiga… não interessa quem é,
mas depois é S. ...
Está a falar com uma amiga e não pode atender o tmv,
mas depois é a S. …
Acho que S. nesta altura é o seu bode expiatório...

Dizer-me que eu tenho que entender que, uma vez que quando me conheceu ele era “virgenzíssimo” e que agora tenha necessidade de conhecer mulheres…

Andar a tomar banho todos os dias (coisa que não fazia!)...

E agora isto…

Sem explicação, qualquer explicação, ZERO!


Morreu qualquer coisa dentro de mim,
o meu coração está partido,
em muitos pedaços!

Eu sei que sou chata.
Mas afinal, porque continua ele casado comigo quando tem tanta necessidade de conhecer mulheres?
De ter tantas amigas?
Porquê?
Isto não é justo para mim.
Eu só fui a mulher dele nos dois primeiros anos…
Afinal, em todos os outros ele andou a conhecer
(em sentido bíblico, não sei) outras mulheres!

Está a ser muito DURO, muito DURO.
E ainda mais difícil,
é ele saber que estou magoada
e nem um pedido de desculpa,
nem uma justificação…
nada…
indiferença total.

Ele diz-me para eu fazer o que eu quiser,
para ele é-lhe indiferente,
divorciar-me,
continuar,
arranjar um amante…
tudo lhe é indiferente!

Estou em sofrimento…
Estou de luto,
é isso!!!
Estou de luto pelo meu amor.


CONTINUO DE LUTO,
MAS AGORA
DE CABEÇA ERGUIDA!

Flashback 2

2 de Janeiro de 2006

Espaço matrimonial

O que é ter espaço?
O que é pedido, na verdade, num pedido de espaço?
O que, no fundo se quer?
Gajas, claro.
Quer-se gajas.
Ou gajos… também pode ser.
A gaja que está casada connosco já não dá tusa. A melga da esposa controladora!
Um gajo quer-se divertir. Um gajo ainda é novo…. (Sublinhe-se o AINDA!) mas o tempo passa, está a passar….
Neste momento, já se está mais velho ou velha… e o gajo que está connosco já não tem a chama que tinha.
O que se passa na cabeça do man? Que quer ele?
E porque não abre ele o coração?
Tudo seria mais justo se houvesse honestidade dos sentimentos ...


Será isto o espaço que ele quer?

O meu coração está aos pulos.
Não sei o que pensar.
Mas sei o que estou a sentir: angústia!
Mandei 1 sms ao R. às 16:50, apenas para ver se ele estava bem, se já tinha o TAC marcado para ver se a dor de cabeça era algo de grave ou não.
Às 17:50 voltei a mandar outro.
Ele está bem? Não respondeu a nenhum... São 18.

Afinal ele estava bem, não tinha nenhuma dor de cabeça e ainda não tinha conseguido fazer o TAC.
À pergunta porque não me não respondeu aos sms, pelo menos a dizer que estava bem, que estava vivo, a dizer, "deslarga-me", ele apenas disse:

Não respondi porque não me apeteceu!


Pergunta feita hoje:
É isto gostar de alguém?´
é saber que a esposa está aflita, com medo de ele estar muito doente, ou até mesmo morto (eu sei que estava a exagerar na preocupação!), e não responde a fim de a relaxar?
É isso gostar?

Não, não é...

Flashback 1

Ao que parece fazer ela tem que fazer o luto...

Num velório, a viúva relembra com dor os momentos bem passados.

Neste luto, ela relembra com dor os momentos que a magoaram.

Ao olhar para trás, há alguns flashbacks que teimam em aparecer.

Eis uns dos primeiros momentos que iniciaram a bola de neve que terminou agora na dissolução do instituido pela lei, mas que já estava morto, talvez, há dois anos, ou mais:

21 de Dezembro de 2005

Final do 1º período.
Balanço estranho.
Escola estranha.
Miúdos estranhos.
Ando diferente, já não me reconheço. Nada tranquila!
Sou um vulcão de emoções, umas negativas, outras positivas. Pareço uma montanha russa.

1º facto:
Tudo começou com um divórcio que me abalou: M. assinou o divórcio, porque o marido traiu-a durante CINCO (!) anos com a mesma amante: a vida dupla a que isso obriga, as mentiras constantes, cinco anos. Imperdoável. Como é possível conseguir este feito e a mulher não perceber? Como?
Toda esta história expôs as minhas fragilidades interiores, todos os medos de ser traída acordaram, passei a ser povoada de fantasmas.

2º facto:
No dia 4 de Outubro, R. enviou-me, por engano, um sms: um convite seu para lanchar. O que seria de todo impossível para mim. Perante a situação, ele negou que o sms seria para outra pessoa e “jurou” que era para mim. À noite, depois de muita insistência da minha parte, ele diz que era para S. Justificação aceitável. Mas, porquê tanta recusa em dizê-lo? Seria mesmo para ela?

3º facto:
Há uns dias, não sei precisar a data, encontrei um cabelo comprido na nossa cama, do lado de R. ao nível das pernas. OK OK OK Pode haver milhões de explicações. Ele mandou-me a um psiquiatra!

4º facto:
Domingo, dia 11 de Dezembro, depois de QUATRO (!) noites sem dormir em casa, devido a vários concertos no Norte, ele vinha a casa almoçar, porque a banda tinha que entregar a carrinha às 14 em Lx e ele vinha de boleia com eles. Mas, às 17horas, ainda não tinha chegado e tinha o telemóvel desligado (ou sem bateria) e NÃO AVISOU nada! Fui para Cbr, a fim de verificar se o carro dele ainda estava na estação, porque pensei o pior: a carrinha tinha tido um acidente e ele estava ou morto ou bastante doente para não poder avisar a família que algo se tinha passado.
Afinal, parece que a carrinha avariou e eles estiveram muito tempo à espera de socorro.
Mas, nesta história toda, há coisas que não batem certo:
A hora de saída de Braga,
a hora da avaria,
a impossibilidade de telefonar de um tmv,
a não paragem numa estação de serviço,
mas depois já tinha parado para comer qualquer coisa e não havia telefones públicos de moedas ?!!!
Como é possível não avisar perante um atraso de 6 horas?

5º facto:
Na 2ª, dia 12, ele lanchou com uma colega, cuja identidade esteve envolta de secretismo. Admitiu depois que era S. Mais uma vez a dúvida persiste: porque não o disse logo?

6º facto:
Dia 13, depois de um jantar de “reconciliação”, ele disse que EU tinha que ENTENDER que ele PRECISAVA de conhecer novas mulheres, porque era “virgenzíssimo” quando me conheceu. Eu não necessito de conhecer novos homens, porque tenho o melhor...

7º facto:
Toda a semana tentei conversar e todas as conversas deram para o torto, acabando por discutirmos.

Pergunta: Ele ama-me ainda? Ainda lhe sou importante?

Estou num turbilhão.
Eu gostava mesmo que ele me dissesse que está casado comigo,
não por não ter espaço para os discos,
não pelos miúdos,
mas por MIM.
Ainda por MIM!
Que eu ainda valho a pena.

O que mudou em mim?
Facto: mudei de escola;
Facto: tive um início assustador, pois foi a 1ª vez que tive 11º ano;
Facto: perdi a companhia e a conversa de duas amigas, C. e P. e a de D. embora a conversa com ele fosse apenas de motas;
Facto
: deixei de andar de comboio e isto deve ser o que mais me afectou. Tenho que conduzir, não tenho ninguém com quem conversar e não posso dormir. Solidão. Este ano sofro de solidão!!
Tenho 50 minutos matinais e vespertinos para alimentar fantasmas;
Facto: estou em dúvidas a nível profissional, os meus alunos não me respeitam;
Facto: não estou feliz!

EU estou SÓ! É isso: Solidão.
Estou só na escola;
Estou só na sala de aula, absolutamente só;
Estou só na viagem! Só no carro ou na mota!
Estou só em casa! Só!
Durmo só!
Sinto-me só! Solidão absoluta!
Solidão rodeada de uma multidão. Mesmo quando R. está, eu estou só!
Eu sou SÓ! Solidão!!!!!!!!!

O mundo parece-me vazio, o meu coração está vazio, a minha alma está vazia!
No entanto, ainda tenho pais vivos e saudáveis.
Os meus filhos são saudáveis.
Tenho trabalho.
Tenho casa.
Tenho comida.
Posso comprar livros, ir ao cinema, jantar fora. Estou a ser egoísta!

Eu sei que R. não pode sofrer com a minha insegurança, não é ele o culpado de a minha colega ter sido traída.
Não é ele o culpado da minha vida profissional não estar nada bem…
Mas, parece-me que não sou importante para ele.
Eu não me sinto amada. Não me sinto especial. Todas as mulheres são melhores que eu, todas são enigmáticas e lindas e interessantes. Ele sabe tudo de mim. Eu não sei nada dele. Eu estou feia quando ele chega a casa… já trabalhei, já fiz o jantar e… merda… que vida!
Toda a minha vida material está assegurada.
Toda a minha vida emocional está uma confusão!

Vou? Fico? Mudo? Mantenho?

Vinte anos…

Filhos…

Não consigo pensar…

Eu tenho que deixar R. voar! Mas deixar voar mesmo!
Mas, e se depois ele voa e não volta?
Se calhar é mesmo melhor fazer isso, porque isto assim não vale a pena.
Estar casada assim,… continuar tudo na mesma é uma merda, não vale a pena lutar!
Estou cansada de lutar, cansada, muito cansada!

Vou desistir: Ele que voe! Que faço eu, então? Nada?
Como vou conseguir não fazer perguntas?
Como vou conseguir saber que ele gosta de estar (a conversar, por enquanto!) com mulheres e eu em casa?
Como vou conseguir? Como?
Assim, não vale a pena! Assim não!

Eu quero estar com alguém que queira estar comigo e não com alguém que seja obrigado a estar comigo. E é isso que eu queria que ele decidisse esta semana. É isso que eu queria ouvir. Mas, se calhar, ele também tem dúvidas.
Assim, o mais inteligente será: deixar voar!
Mas,

Deixar voar e eu fora?
ou
quê??


quinta-feira, 1 de maio de 2008

Uma questão de orgulho

Já há uns posts atrás ela referiu que deixou de cuidar da roupa do então ainda marido.

O divórcio consumou-se no dia 28. Ele vai ter que sair de casa.

Mas, ela não lhe vai dar o prazer de se queixar (eventualmente...) que ia com a roupa suja e/ou engelhada. Então, ela vai tratar da roupa dele, pela última vez.
E vai ser com orgulho que lha vai entregar impecável!

Só uma nota: São 10 camisolas de lã, 15 camisas, 13 t-shirts, 4 pares de calças e algumas camisolas interiores... nada que não se resolva, vejamos... em 2 ou 3 horas.

Cool

Palavra de técnico

Ela hoje teve mais uma confirmação de que nada errado se passa dentro da sua mente.

Desta vez a psicóloga confessou-lhe que há uns tempos valentes achou que considerava uma perda de tempo ela ter consultas de psicologia e medicamentos antidepressivos. A técnica de saúde era da opinião que "apenas" havia um problema conjugal de difícil solução.

Afinal, além de ela já saber que não tinha nenhum problema mental, ficou hoje a saber que também não é uma pessoa depressiva.

Afinal, e para seu orgulho, é uma pessoa combativa, lutadora e que tentou todos os meios ao seu alcance para tentar mudar uma relação que não a deixava feliz.
É isso.
Ela apenas era infeliz!

Mas, a luta continua! O povo para a rua!

Neste caso, quem vai para a rua é o seu já EX marido... heheheh

terça-feira, 29 de abril de 2008

A modos que é assim...

E foi ontem pela 15 horas que ambos se encontraram frente à Conservatória do Registo Civil (e não, não foi a mesma conservatória onde um dia entraram a sorrir....).
Subiram as escadas.
Os pés dela pesavam chumbo. O mesmo deve ter acontecido com os pés dele.

Entraram na Sala da Sra. Conservadora que iniciou a conversa
a perguntar-lhes se havia a possibilidade de reconciliação,
ao que eles responderam "não".

Perguntou-lhes também se todos os pressupostos
por eles escritos e assinados nos documentos entregues ainda se mantinham,
ao que eles responderam "sim".

Perguntou-lhes ainda se prescindiam do período de reclamação
ao que eles responderam "sim".

Então, declarou que o casamento por eles contraído
estava
dissolvido!

Já podem tirar os novos Bilhetes de Identidade.
Já podem fazer as partilhas...

Uma nova vida espreita à janela.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

É hoje, dia 28 de Abril, segunda-feira

Hoje, o primeiro dia do resto da minha vida.
Como alguém disse, ninguém pode recomeçar a vida, mas pode fazer um fim a qualquer altura e ter um fim diferente. É isso que eu espero!

Wish me luck

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Suplicas

O que fazer quando um dos filhos lhe suplica para não se divorciar do pai, porque este não tem casa e depois pode morrer?
O QUE FAZER???

Desistir

Desistir é um verbo que nunca esteve no dicionário dela.
Lutar, sim.

Agora, impõe-se uma questão:

Desiste do casamento
após tantos anos de luta,
tantas histórias mal contadas,
tantas palavras crúeis,
tanta indiferença,
tanta suplica por
amo-te. és a mulher da minha vida?

E segue em frente,
agora,
sozinha-sozinha,
não sozinha-acompanhada,
já não suplica nada,
porque já não há ninguém a quem o fazer?

Ou
desiste da luta
pelo seu respeito
pela sua auto-estima
pela sua pessoa
porque
ele
agora
manda sms a dizer
gosto de ti
e desmarca compromissos?

Ela não se pode esquecer que há dois anos
ele chorou, chorou tanto que as lágrimas
pingavam o chão...

Mas, poucas semanas decorridas
comportava-se da maneira como sempre o fez.
Ela não se pode esquecer que:
À segunda, só cai quem quer!

Espanto

Ele chegou
lanchou e
esperou por ela.

Ela estava a
trabalhar,
explicações,
três horitas.
Ele, então, viu que ela não ia.
E ficou surpreendido.
Foi com os filhos.
Ela ficou em casa,
espantada
por esta mudança de atitude.

Mudança de atitude

Ela não o percebe, de todo.

Uma das bandas dele vai rodar um videoclip e, normalmente, como manager, ele iria com eles, controlar a produção, etc, etc.
Hoje, telefonou a avisar que vai APENAS deixar o material necessário para a rodagem do clip e vem para casa, para o jantar semanal da família alargada (coisa que ele NUNCA fez: deixar uma banda pelo jantar da família)...

A data de assinatura do divórcio é já na segunda.
Que quer ele agora?

Mostrar que se preocupa connosco?
Enganar-me?
Tentar amolecer-me?

Meu Deus, que pensar?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mudança de discurso

Isto é tudo muito estranho, pensa ela.

Ora, anos a fio a ouvir o marido a dizer:

Eu não mudo nada, porque depois sou eu o infeliz!
Quem está mal é que tem que tomar atitude para mudar a sua vida.
Só te posso dizer uma coisa, casaste com o homem errado.
Se te faço tão mal, divorciamo-nos!
O melhor mesmo é a gente divorciar-se.
Trata lá dos papéis, que eu assino.

Ela jura, a pés juntos, que ele quereria mesmo o divórcio. Tudo menos a ceder. Tudo menos a dar o braço a torcer.

Agora, ele disse:
Só te queres divorciar porque
não és tu quem tem que sair de casa,
porque se tivesses que procurar casa,
fazer a mudança,
não te divorciavas, não!

E à pergunta dela:
Mas tu não vias que ando infeliz, miserável há anos??

Ele respondeu:
Agora, vejo!
Pergunta -se ela:
AGORA?
AGORA??
AGORA???
AGORA????
AGORA?????
AGORA??????
Ele mandou, no mesmo serão, um sms:
Já chorei muito e
ainda gosto muito de ti
Pergunta-se ela:
Então, depois de anos a fio
a suplicar
a mendigar
uns carinhos, uma palavra de amor
ele
ATREVE-SE
agora
a
dizer
AINDA GOSTO MUITO DE TI?

Três fases

Como já se tinha referido (Alguém disse...) , um divórcio está dividido em três fases:

Pré

Durante

Pós

A fase Pré, já está
custou muito, muito, muito...
anos a fio a tentar colar algo já partido...
anos a fio...
tentativas frustradas...
perda de confiança no outro...
perda do respeito da parte do outro.

A fase Durante está quase...
vai acabar quando
ele sair de vez...
o que parece que vai ser difícil...
mas vai

A fase Depois,
logo se vê!!!

28 de Abril

Recebi agora a notificação telefónica...
Na próxima segunda-feira será realizada a conferência tendo em vista o fim oficial deste casamento.
Ou seja, vai haver um papel legal a separar o que, efectivamente, já está separado!

Não desesperei com a espera!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Farta de ossos

Farta de ossos sem carne
Farta de espinhas
Farta de migalhas
Ela decide, de uma vez por todas

SEGUIR EM FRENTE

terça-feira, 22 de abril de 2008

Porquê agora?

Apesar do sms terno de ontem, hoje, a postura DELE foi igual à de sempre:

Silêncio total

O que, tendo em conta os sentimentos contraditórios dela, até é bom, uma vez que se ele tivesse telefonado ou enviado quaisquer sms meloso, ela ficaria com as pernas a tremer.
Mais, toda ela tremeria nos seus alicerces.
Assim, este silêncio serviu para ela
- verificar que, apesar de manifestamente um divórcio não dar jeito a sua exa, o (ainda) marido, ele é o mesmo de sempre - dá uma migalha, um osso sem carne, uma espinha de sardinha e acha que é suficiente;
- meditar na conversa no serão passado e
- concluir que tem que ir em frente, não pode desistir.
Custe o que custar ela tem que fazer este corte.
Tem que o levar ao fim, sob pena de ser "espezinhada", se desistir agora.
Seria uma vitória com sabor a chocolate para ele.
E uma derrota com sabor a fel, para ela.
Ela pensa que se a vida tiver mais momentos felizes que infelizes, podemos ficar contentes.
A vida dela tem tido momentos bons e momentos maus.
Com ele, ela foi o mais feliz e o mais infeliz.
Com ele, ela atingiu os dois pólos,
a sua vida tem sido uma montanha russa.
Mas,
nestes últimos tempos,
dias,
semanas,
meses...
anos!!
Nestes últimos anos
os momentos de infelicidade destacaram-se pela sua periocidade,
de período muito curto!
Os momentos de felicidade foram raros, muito raros:
- um dia em Março de 2006 ela esteve muito feliz;
- no dia a seguir, estava um belo dia para andar de mota, fantástico, espectacular e ela foi feliz; mas teve um acidente...
- ...
- ...
ela não se lembra de mais nenhum dia feliz...
a sério...
é triste
Houve
dias assim assim,
dias infelizes,
dias miseráveis.
Nada mais.
Então, há que fazer uma pergunta:
Que tem ela a perder?
NADA
Assim, só há um caminho: em frente!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Perdoar ou deixar ir?

Eu já perdoei tanto e durante tanto tempo.
Eu já perdoei tudo?

Apetece-me perdoar tudo,
perdoar tudo,
tudo.
Deixar-me ir.
Continuar a ser uma não-pessoa.
Nao me importo.
Nada me importa.

Viver com pouco.
Viver com migalhas.
Sobreviver apenas.

Não pensar.
Não sentir.
Não existir.

Mas depois, haverá algo
que me obriga a pensar
a olhar
a ver
a sentir.

Ele disse tantas vezes:
Estás infeliz, então tens que tomar uma atitude!
Casaste com o homem errado.
Não mudo.

Agora diz, que essas frases foram ditas sem sentimentos.
Foram ditas após "um massacre".
Foram ditas porque eu me queixo muito.
Estou sempre a queixar-me.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Mas há tantas coisas mal contadas.
Há tantos sentimentos reprimidos.
Há tantas recusas de partilha.

Porquê?
Porquê?
Porquê?
Porquê amo eu este homem?
Porque raio amo este homem ao ponto de não me importar de me deixar ir e não existir mais?

Será que vi tudo mal?
Será que ele me deu tender, love and care e eu não vi?
Será que o problema sou eu?
Será que
...
...
...


APETECE-ME MORRER!!!!!!!!

Não existência...

Ele mandou-lhe agora um sms a dizer:

Já chorei muito e ainda gosto muito de ti


Apetece-me morrer!
A sério, apetece-me morrer,
pq não vejo solução para isto!
A sério que não!
A não-existência é-me sedutora...
Chamem-me cobarde

Impossível escapar


Como fugir de uma prisão por nós construída ao longo dos anos?

Onde está o Scofield?

E coragem?

Ela pensou em manter o acordado entre eles.
Ela pensou nisso seriamente.
Mas agora começa a verificar que, quando sabe que ele não vem a casa, anda tranquila e nos dias em que ele ou vem jantar ou vem dormir a casa, o seu coração pula, as suas pernas tremem e a força desvanece.

Então, ela pensa que o melhor será ele sair já e não apenas quando efectivamente estiverem divorciados!

Enfim, nada de novo...

Afinal, ele que tinha avisado que vinha dormir a casa, não veio.
Nada de novo...

Nada de novo, ele dizer uma coisa e fazer outra, sem avisar!
Nenhuma chamada, nenhum sms, ... nada.
Nada de novo...

Nada de novo, ela pensar na hipótese dele ter tido um acidente.
Mas, o mais certo, será ele ter ficado a dormir no Hospital (na cama 3...) ou em casa da mãe... ou no carro (?)... enfim, nada de novo!
Nada de novo...

domingo, 20 de abril de 2008

Dias difíceis

Este fim de semana ela não esteve bem consigo própria.

Apesar de estar mais confiante,
apesar de ter o apoio de toda a família e amigos.

Apesar disso tudo, ela treme.
Ela treme, porque ele vem dormir a casa... ainda.

Ela já não o vê desde 3ª à noite, quando se foi deitar.
Já não o ouve desde 4ª à noite, quando ele telefonou.

Ela treme. Não de medo. Não. Não é preciso ter medo.
Mas este fim de semana, ela começou a ter saudades.

Isso é mau

Will I ever

FEEL FREE

?

Mais recordações...


E já lá vão 7..

E já lá vão SETE dias úteis!
Ao todo são ONZE dias de espera.

Mas quem espera sempre alcança....
Mas quem espera, desespera...
E então?
...
...

Mudar é difícil

Na 3ª feira, ele tinha gostado que ela lhe tivesse dito que a consulta no médico estava atrasada e, que por isso, ia jantar no centro comercial...
Na 4ª feira, ele telefonou a avisar que não vinha jantar e a informá-la que ia fazer o turno da noite e, que no dia seguinte iria para Viseu...

Na 5ª
...
silêncio
...

Na 6ª
...
silêncio
...

Sábado
...
silêncio
...

Hoje, domingo, ela interroga-se o porquê deste silêncio, o porquê de não telefonar aos filhos...
Pergunta-se se não deveria ela telefonar...~

Mas, sabe que não.

O corte é difícil!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Nada surpreendente...

E a modos que me calhou


Que coisa meiga você é?

o que não é de estranhar...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Apaixonada?

A vaguear pela blogosfera, ela encontrou algumas declarações de amor.

É triste como ela já não acredita no amor.
Apeteceu-lhe comentar nesses posts,
dizer,


sim sim sim,
agora gosta muito de ti,
mas um dia
diz-te que


és o elo mais fraco

precisa de conhecer novas mulheres

não está contigo porque não tem tempo

não te telefona porque não se lembrou

não atendeu porque não ouviu

não veio dormir a casa,
porque ficou em casa da mãe,
embora a mãe não o tenha visto,
pois claro que não,
dormiu no carro,
perto da casa da mãe,
não chegou a entrar em casa
só para não a incomodar

não, não vou mudar, porque se o fizer, passo eu a ser o infeliz

não partilho a minha vida,
porque tenho direito à MINHA privacidade

...
...

Sim, sim, sim,
dizem que o amor é lindo,
é lindo o amor,
lindo

...

não há hipótese,
nunca mais me hei-de apaixonar
nunca mais vou sentir
o frio na barriga
o bater forte do coração
nunca mais me hei-de dar
porque

morri
...

Quando se gosta de alguém

Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.

Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente.
Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro.
Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso.

Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós.

Fernando Alvim

Uma semana

Já passaram cinco dias úteis desde que pagou.
Já passaram cinco dias úteis desde que o processo começou.

Deus queira que
ninguém tenha lido
Kafka
...

Faz de conta...?

Ontem,
ele telefonou,
por volta das 20:20,
a informar que

não vinha jantar a casa,
ia ver o jogo em Coimbra,
fazer o turno da noite
e, hoje,
iria para Viseu
com uma das bandas.
E ela perguntou-se:
Porquê isto agora?
Who cares where he goes?
E disse-lhe:
Ok, mas JÁ não me precisas de informar da TUA vida!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Hábitos...

Está na hora de jantar e ela perguntou-se se ele vinha jantar a casa...
Ainda agarrou no telemóvel para saber...

Hábitos!

Só um pequeno pormenor

No post anterior referi a necessidade de químicos para me manter à tona.
É verdade.

Há alturas da vida em que a dor é tão grande,
a tristeza tão profunda
e tudo nos parece tão negro
que precisamos mesmo de ajuda de medicamentos.

É claro, que se não fizermos nada para resolver os nossos problemas, os químicos não nos resolvem a vida.
Mas permitem-nos ter a tranquilidade suficiente para podermos tomar decisões.

Penso que é isso que me está a acontecer.
Porque há dois anos,
sofri tanto e
de uma maneira tão intensa
que mal conseguia respirar.
Penso mesmo,
que se não fosse essa ajuda medicamentosa
eu já me teria suicidado,
porque muitas vezes não vi calmaria possível no meu turbilhão.

No entanto,
estou a lutar para resolver o meu problema,
fazendo este corte, como se estivesse a arrancar um braço.

O psiquiatra é de opinião, analisando tudo, que a curto ou médio prazo, me vai retirar o antidepressivo e o ansiolítico.

Mais um factor de grande alívio para mim.

Afinal...

Há dois anos que ela tem acompanhamento psicológico e psiquiátrico (uma para ouvi-la e ajudá-la a desembaralhar o seu turbilhão emocional, o outro para tratar dos químicos que a têm mantido à tona...).

Hoje ela foi a uma consulta a três, com os dois técnicos, a fim de aferir estratégias de actuação.

Ela comunicou-lhes a sua decisão, que foi recebida sem espanto.

Mais, saiu do consultório ALIVIADA, porque teve a confirmação do psiquiatra
que a sua saúde mental é boa.
Ela não sofre de nenhuma doença mental,
não é paranóica

(como ele tanta vez lhe disse),
nem obsessiva
(como ela pensava que era, obsessiva por ele).
Afinal, as queixas, a depressão e todos os sintomas dela são REACTIVOS.
Afinal, o problema não está NELA.
O problema dela tem origem nas atitudes dele.
Ele é infantil,
emocionalmente imaturo
e extremamente egocêntrico.
Tão egocêntrico que pensou
que podia receber tudo a que tem direito
sem nunca se preocupar
com os direitos e/ou nenessidades
do outro.
Hoje, o psiquiatra disse-lhe que se tinha surpreendido por ele, em dois anos, nunca ter aparecido, nunca se ter interessado em saber como poderia AJUDAR a mulher que estava numa depressão grave. E isso é grave.
Enfim, afinal o problema não está nela.
Afinal, ela é saudável.
Afinal...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Há coisas que não mudam

Ele há coisas que não mudam mesmo.
É sabido que a habilidade dos homens para procurar objectos perdidos é quase nula.

Ele recebeu, há uns dias, uma carta registada.
Por lapso, a carteira deixou o bilhete para ir levantar essa mesma carta aos correios.

Ele viu o bilhete.
Ele não viu a carta, que por acaso estava destacada e, para a qual, ela já lhe tinha chamado à atenção (método que também não funciona há anos).

Assim, hoje, ele foi de propósito à estação de correios para levantar a carta que estava em cima do frigorífico à espera que o rei e senhor a visse.
Quando chegou lá, foi informado que a carta já tinha sido entregue.
Então, em vez de voltar a casa para a ir buscar ou, pelo menos, pensar:
"Ora bolas, não a vi. Tenho que a procurar melhor",
telefonou à (ainda) mulher:

- ONDE RAIO ESTÁ A CARTA QUE EU NÃO A VI???
- Em cima do frigorífico, ao lado das chaves....
- É QUE UM GAJO, VAI DE PROPÓSITO AOS CORREIOS PARA IR LEVANTAR A CARTA E NAAAADDDAAAAA!!!!!!!!!!!!!
- Telefonaste-me para ralhar comigo, por causa de uma coisa que TU fizeste mal?

Ela desligou-lhe o tmv e ficou com mais certezas, que não, este senhor não, já chega!

Dúvidas

As dúvidas assaltam o seu coração.
Será que está a agir bem?
Será que está correcta?

Ela tem a certeza que quaisquer mudanças que ele aparentar
serão passageiras.
Ela tem a certeza porque já aconteceu.
Há dois anos, quando ela lhe fez as malas e ele esteve fora 3 semanas.
Quando voltou parecia outro.
Mas foi sol de pouca dura.

Ele continua na mesma.
Ela continua na mesma.

Ele está virado para um lado.
Ela está virada para o outro.

"Não há volta a dar!", repete ela um milhão de vezes...

domingo, 13 de abril de 2008

Possibilidades

Ela hoje está a pensar se não seria possível construir uma ponte de entendimento.
Mas ele já lhe disse que tal coisa não existe.

Será que a terapia de casal não funcionaria?
Mas ele, também, já lhe disse, há mais ou menos dois anos, que não vai dar dinheiro para ouvir aquilo que já sabe.
Mas será que agora ele não mudaria de ideia?

Ela hoje está parva de todo.
Enquanto ele não sair de casa isto é terrível.

Ontem tentou "matá-lo", ao arrumar os livros, dvd e vinil dele. Mas, à noite, ele "ressuscitou" quando apareceu, de surpresa.
Isto é um luto impossível, afinal, o morto está vivo!

Cansaço

Ontem, ele veio a casa, assim de surpresa.
Veio, porque, a banda tinha um concerto perto e tinha um tempinho.

Ela não se lembra de alguma vez ele ter feito isso...
Os filhos já estavam a dormir, então
ele apenas pode deitar-se abraçado a eles.
Estava com mau aspecto.
Estava cansado.
Estava com dor de cabeça.
Não parecia o mesmo.
Ela sugeriu-lhe que tomasse um banho quente.
Que isso o ia aliviar.
Ele tomou um banho...
Agarrou uns discos dessa banda,
para vender no concerto.
E foi-se embora.
Antes de ir embora,
convidou-a para ir ter com ele,
hoje à tarde, ver outra banda tocar...
Se ela fosse, deveria estar a chegar
ao local de concerto.
Mas ela não foi.
Ontem, ela esteve decidida
a encaitoxar os livros
os dvs, os vídeos
e alguns discos
dele.
Hoje, ela duvida de si.
Hoje, ela pensa que está errada.
Que tudo está mal.
Que ela iria conseguir viver assim o resto da vida,
com ele a aparecer de vez em quando...
Com o amor dele às migalhas.
Será que ele não lhe dá todo o amor que é capaz?
Será que ela não está a ser extremamente injusta com ele?
Será que ela não está a exagerar?
Hoje ela está cansada de tudo.
Apetece-lhe desistir de tudo.
Apetece-lhe morrer,
mais uma vez

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Sapos






quinta-feira, 10 de abril de 2008

Alguém disse

Um divórcio não é assim: a malta assina e já está.

Ao que parece há três fases de dor:

- a dor que antecede e que leva à separação, ao fim do sentimento que alguma vez uniu duas pessoas... esta dor verifica-se no dia a dia, no ver a cada instante, que os sonhos e as ilusões de outrora se desvanecem e caem por terra como frágeis castelos de cartas. O degradar da relação, da comunicação... muitas vezes as ofensas e o ambiente hostil... que leva à decisão.
- a concretização do divórcio em si, o assumir uma nova situação, o peso dos olhares de quem gosta de meter o dedo na ferida... a assinatura de um final no contrato que em tempos se celebrou rodeado de festa e alegria
- a dor que precede, o medo do futuro, a insegurança de não conseguir ir em frente e lutar contra o desconhecido...


Prazeres

Da lista de prazeres aí ao lado, hoje só pode ter um gato a ronronar ao colo.

Não há sol,
as camomilas estão molhadas,
está a chover e assim,
andar de mota não é um prazer.

Pior, há um prazer que ela não tem há tanto tempo:

o toque dele na face dela,
os olhos dele nos dela,
o sussurar de amo-te ao seu ouvido.
Há tanto tempo,
tanto tempo...
Tantas saudades, meu Deus!
Tantas saudades...
Apetece-lhe morrer...

Nada fácil

O divórcio é o

segundo acontecimento mais traumático do ciclo de vida humano,

logo a se­guir à morte de um filho.

Porquês

Num luto normal, i.e, pelo morte de alguém que amamos, apenas recordamos as coisas boas.
Hoje, ela não se consegue lembrar das coisas boas:
Só se lembra das más.

Porquê? Porquê?
Porque raio é que aguentou tanto tempo?
Porque raio demorou tantos anos a tomar esta decisão?
Não estaria melhor agora?
Hein??
Porquê? Porquê?

Luto

Ela sabe que vai entrar em luto.
Aliás, ela sente que já está de luto há dois anos.
Um luto terrível, pois o amor dela foi ferido de morte mas ainda estava vivo.
Um luto terrível, pois continuou a tentar reanimar um morto.
Mas, mesmo assim, vai entrar (ou continuar) em luto.

E ela vai sofrer, porque vai perceber, enfim,
que de facto, o amor morreu já há muito tempo.
E ela vai ter que enterrar alguém que
ainda está vivo.
Como é possível, meu Deus,
fazer isto:
Enterrar alguém vivo?
Alguém que amou
loucamente
durante
VINTE anos...
Hoje, está a ser um dia mau para ela.
Ela sabe que vai sofrer, mas mesmo assim
ela vai para a frente, já não volta atrás.
Porque ela sabe que se voltar atrás
ainda vai sofrer mais...

Mais uma vez, a palavra de médico:

Um divórcio (...) assume o significado de uma morte em vida.
A mulher sente a perda do «ente» gostado,
mas está impedida de fazer um luto adequado,
pois este «morreu» mas continua vivo.
É um luto enlouquecedor e sempre inacabado.
Nesta fase,
surgem sentimentos de depressão,
desvalo­rização,
baixa de auto-estima,
angústia intensa e
labilidade afectiva,
muitas vezes na origem de transtornos clínicos.

Ora aqui está: ela sofreu isto tudo nestes últimos anos, em particular nos últimos dois!, assim, não deve piorar... ela não consegue imaginar-se pior...

O risco de suicídio é três vezes superior,
com aumento do consumo de tabaco,
bebidas alcoólicas, drogas e condutas de risco.

Pensar em morrer, ela pensou.
Tabaco, não lhe parece, pois deixou de fumar no dia 23 de Julho de 2003 e, orgulhosamente, ainda não tocou em nenhum cigarro desde então.
Bebidas alcoólicas e drogas também não lhe parece.
Condutas de risco.... hmmm.... a ela parece-lhe melhor andar de comboio, porque da última vez que foi trabalhar de mota, assustou-se com ela própria, ao fazer ultrapassagens, que habitualmente não fazia!!!

As consequências objectivas de um divórcio para a mulher
podem passar pela diminuição do poder de compra,
da saúde, das expectativas positivas de vida.

Ora, mais uma análise da situação dela:
ele contribuía com algum dinheiro para a família, mas era
ela que governava a casa.
Relativamente à saúde, ela pensa que vai poupar dinheiro,
ao resolver este problema,
em medicamentos ansiolíticos e antidepressivos
e em consultas psiquiátricas
em que anda mergulhada há dois anos...
Expectativas positivas da vida... aí sim: ela não tem,
pelo menos, no que diz respeito ao "amor"!

Da qualidade e brevidade com que a mulher consiga superar a crise do divórcio
resulta o bem-estar e saúde mental dos filhos que,
habitualmente, ficam à sua guarda.

Ora aqui está uma coisa FUNDAMENTAL
que ela também teve em conta ao tomar
esta decisão tão difícil:
a saúde e bem-estar dos seus filhos!
Que exemplo estaria a dar, se continuasse a
sentir-se miserável?
Assim, ela espera, do fundo do coração,
estar a dar um exemplo
de
LUTA
pela própria dignidade
pelo amor-próprio!

Ela espera que um dia, os filhos a entendam e perdoem.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Diferenças de Sexo

Para casar depois do divórcio, têm que esperar
ele
180 dias
ela
300 dias

Ora aí está a palavra de médicos

São expectativas pouco realistas as que, muitas vezes, levam a mulher ao casamento. É a crença na existência do «príncipe encantado» dos contos de fadas e na solução mágica de todas as suas necessidades, através deste homem-pai-irmão-amigo e companheiro.

pois, as histórias de príncipes e sapos....

É, depois, a desilusão brutal nos sonhos desfeitos por uma realidade feita de
dificuldades por partilhar,
rotinas erosivas e
pouca disponibilidade para o diálogo,
quase sempre da parte do homem (...) mulher, que identifica este défice comunicacional, sentindo-se impotente para o resolver sozinha.

that's the story of my life...

Contudo, outras existem, decorrentes do mesmo, com igual relevância. Ambos sofrem
transformações ao longo do tempo,
mas em ritmos diferentes que nem sempre se complementam.

mais um ponto para o País de Gales...

Surge uma desarmonia afectiva e discordante, quase sempre conducente à separação,
primeiro emocional
e depois efectiva,
consequência deste amadurecimento desigual.

pois, ... e não me parece que seja preciso mais alguma coisa...

Dentro do casamento,
são invocados como causadores do divórcio elementos como
a infidelidade,
factores sexuais,
económicos,
falta de comunicação, mais uma
incompatibilidade de carácter e

imaturidade emocional, e outra
perda de amor,
diminui­ção do desejo sexual,
conflitos constantes, e outra
interferência dos sogros,
falta de dedicação ao casamento, e outra
as próprias crenças acerca do casamento e do divórcio e outra
a interferência de factores psicológicos inconscientes que nos levam,
por vezes, a manter uma relação destrutiva e
outras a terminar essa mesma relação.

São razões suficientes não são??