terça-feira, 29 de abril de 2008

A modos que é assim...

E foi ontem pela 15 horas que ambos se encontraram frente à Conservatória do Registo Civil (e não, não foi a mesma conservatória onde um dia entraram a sorrir....).
Subiram as escadas.
Os pés dela pesavam chumbo. O mesmo deve ter acontecido com os pés dele.

Entraram na Sala da Sra. Conservadora que iniciou a conversa
a perguntar-lhes se havia a possibilidade de reconciliação,
ao que eles responderam "não".

Perguntou-lhes também se todos os pressupostos
por eles escritos e assinados nos documentos entregues ainda se mantinham,
ao que eles responderam "sim".

Perguntou-lhes ainda se prescindiam do período de reclamação
ao que eles responderam "sim".

Então, declarou que o casamento por eles contraído
estava
dissolvido!

Já podem tirar os novos Bilhetes de Identidade.
Já podem fazer as partilhas...

Uma nova vida espreita à janela.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

É hoje, dia 28 de Abril, segunda-feira

Hoje, o primeiro dia do resto da minha vida.
Como alguém disse, ninguém pode recomeçar a vida, mas pode fazer um fim a qualquer altura e ter um fim diferente. É isso que eu espero!

Wish me luck

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Suplicas

O que fazer quando um dos filhos lhe suplica para não se divorciar do pai, porque este não tem casa e depois pode morrer?
O QUE FAZER???

Desistir

Desistir é um verbo que nunca esteve no dicionário dela.
Lutar, sim.

Agora, impõe-se uma questão:

Desiste do casamento
após tantos anos de luta,
tantas histórias mal contadas,
tantas palavras crúeis,
tanta indiferença,
tanta suplica por
amo-te. és a mulher da minha vida?

E segue em frente,
agora,
sozinha-sozinha,
não sozinha-acompanhada,
já não suplica nada,
porque já não há ninguém a quem o fazer?

Ou
desiste da luta
pelo seu respeito
pela sua auto-estima
pela sua pessoa
porque
ele
agora
manda sms a dizer
gosto de ti
e desmarca compromissos?

Ela não se pode esquecer que há dois anos
ele chorou, chorou tanto que as lágrimas
pingavam o chão...

Mas, poucas semanas decorridas
comportava-se da maneira como sempre o fez.
Ela não se pode esquecer que:
À segunda, só cai quem quer!

Espanto

Ele chegou
lanchou e
esperou por ela.

Ela estava a
trabalhar,
explicações,
três horitas.
Ele, então, viu que ela não ia.
E ficou surpreendido.
Foi com os filhos.
Ela ficou em casa,
espantada
por esta mudança de atitude.

Mudança de atitude

Ela não o percebe, de todo.

Uma das bandas dele vai rodar um videoclip e, normalmente, como manager, ele iria com eles, controlar a produção, etc, etc.
Hoje, telefonou a avisar que vai APENAS deixar o material necessário para a rodagem do clip e vem para casa, para o jantar semanal da família alargada (coisa que ele NUNCA fez: deixar uma banda pelo jantar da família)...

A data de assinatura do divórcio é já na segunda.
Que quer ele agora?

Mostrar que se preocupa connosco?
Enganar-me?
Tentar amolecer-me?

Meu Deus, que pensar?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mudança de discurso

Isto é tudo muito estranho, pensa ela.

Ora, anos a fio a ouvir o marido a dizer:

Eu não mudo nada, porque depois sou eu o infeliz!
Quem está mal é que tem que tomar atitude para mudar a sua vida.
Só te posso dizer uma coisa, casaste com o homem errado.
Se te faço tão mal, divorciamo-nos!
O melhor mesmo é a gente divorciar-se.
Trata lá dos papéis, que eu assino.

Ela jura, a pés juntos, que ele quereria mesmo o divórcio. Tudo menos a ceder. Tudo menos a dar o braço a torcer.

Agora, ele disse:
Só te queres divorciar porque
não és tu quem tem que sair de casa,
porque se tivesses que procurar casa,
fazer a mudança,
não te divorciavas, não!

E à pergunta dela:
Mas tu não vias que ando infeliz, miserável há anos??

Ele respondeu:
Agora, vejo!
Pergunta -se ela:
AGORA?
AGORA??
AGORA???
AGORA????
AGORA?????
AGORA??????
Ele mandou, no mesmo serão, um sms:
Já chorei muito e
ainda gosto muito de ti
Pergunta-se ela:
Então, depois de anos a fio
a suplicar
a mendigar
uns carinhos, uma palavra de amor
ele
ATREVE-SE
agora
a
dizer
AINDA GOSTO MUITO DE TI?

Três fases

Como já se tinha referido (Alguém disse...) , um divórcio está dividido em três fases:

Pré

Durante

Pós

A fase Pré, já está
custou muito, muito, muito...
anos a fio a tentar colar algo já partido...
anos a fio...
tentativas frustradas...
perda de confiança no outro...
perda do respeito da parte do outro.

A fase Durante está quase...
vai acabar quando
ele sair de vez...
o que parece que vai ser difícil...
mas vai

A fase Depois,
logo se vê!!!

28 de Abril

Recebi agora a notificação telefónica...
Na próxima segunda-feira será realizada a conferência tendo em vista o fim oficial deste casamento.
Ou seja, vai haver um papel legal a separar o que, efectivamente, já está separado!

Não desesperei com a espera!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Farta de ossos

Farta de ossos sem carne
Farta de espinhas
Farta de migalhas
Ela decide, de uma vez por todas

SEGUIR EM FRENTE

terça-feira, 22 de abril de 2008

Porquê agora?

Apesar do sms terno de ontem, hoje, a postura DELE foi igual à de sempre:

Silêncio total

O que, tendo em conta os sentimentos contraditórios dela, até é bom, uma vez que se ele tivesse telefonado ou enviado quaisquer sms meloso, ela ficaria com as pernas a tremer.
Mais, toda ela tremeria nos seus alicerces.
Assim, este silêncio serviu para ela
- verificar que, apesar de manifestamente um divórcio não dar jeito a sua exa, o (ainda) marido, ele é o mesmo de sempre - dá uma migalha, um osso sem carne, uma espinha de sardinha e acha que é suficiente;
- meditar na conversa no serão passado e
- concluir que tem que ir em frente, não pode desistir.
Custe o que custar ela tem que fazer este corte.
Tem que o levar ao fim, sob pena de ser "espezinhada", se desistir agora.
Seria uma vitória com sabor a chocolate para ele.
E uma derrota com sabor a fel, para ela.
Ela pensa que se a vida tiver mais momentos felizes que infelizes, podemos ficar contentes.
A vida dela tem tido momentos bons e momentos maus.
Com ele, ela foi o mais feliz e o mais infeliz.
Com ele, ela atingiu os dois pólos,
a sua vida tem sido uma montanha russa.
Mas,
nestes últimos tempos,
dias,
semanas,
meses...
anos!!
Nestes últimos anos
os momentos de infelicidade destacaram-se pela sua periocidade,
de período muito curto!
Os momentos de felicidade foram raros, muito raros:
- um dia em Março de 2006 ela esteve muito feliz;
- no dia a seguir, estava um belo dia para andar de mota, fantástico, espectacular e ela foi feliz; mas teve um acidente...
- ...
- ...
ela não se lembra de mais nenhum dia feliz...
a sério...
é triste
Houve
dias assim assim,
dias infelizes,
dias miseráveis.
Nada mais.
Então, há que fazer uma pergunta:
Que tem ela a perder?
NADA
Assim, só há um caminho: em frente!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Perdoar ou deixar ir?

Eu já perdoei tanto e durante tanto tempo.
Eu já perdoei tudo?

Apetece-me perdoar tudo,
perdoar tudo,
tudo.
Deixar-me ir.
Continuar a ser uma não-pessoa.
Nao me importo.
Nada me importa.

Viver com pouco.
Viver com migalhas.
Sobreviver apenas.

Não pensar.
Não sentir.
Não existir.

Mas depois, haverá algo
que me obriga a pensar
a olhar
a ver
a sentir.

Ele disse tantas vezes:
Estás infeliz, então tens que tomar uma atitude!
Casaste com o homem errado.
Não mudo.

Agora diz, que essas frases foram ditas sem sentimentos.
Foram ditas após "um massacre".
Foram ditas porque eu me queixo muito.
Estou sempre a queixar-me.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Mas há tantas coisas mal contadas.
Há tantos sentimentos reprimidos.
Há tantas recusas de partilha.

Porquê?
Porquê?
Porquê?
Porquê amo eu este homem?
Porque raio amo este homem ao ponto de não me importar de me deixar ir e não existir mais?

Será que vi tudo mal?
Será que ele me deu tender, love and care e eu não vi?
Será que o problema sou eu?
Será que
...
...
...


APETECE-ME MORRER!!!!!!!!

Não existência...

Ele mandou-lhe agora um sms a dizer:

Já chorei muito e ainda gosto muito de ti


Apetece-me morrer!
A sério, apetece-me morrer,
pq não vejo solução para isto!
A sério que não!
A não-existência é-me sedutora...
Chamem-me cobarde

Impossível escapar


Como fugir de uma prisão por nós construída ao longo dos anos?

Onde está o Scofield?

E coragem?

Ela pensou em manter o acordado entre eles.
Ela pensou nisso seriamente.
Mas agora começa a verificar que, quando sabe que ele não vem a casa, anda tranquila e nos dias em que ele ou vem jantar ou vem dormir a casa, o seu coração pula, as suas pernas tremem e a força desvanece.

Então, ela pensa que o melhor será ele sair já e não apenas quando efectivamente estiverem divorciados!

Enfim, nada de novo...

Afinal, ele que tinha avisado que vinha dormir a casa, não veio.
Nada de novo...

Nada de novo, ele dizer uma coisa e fazer outra, sem avisar!
Nenhuma chamada, nenhum sms, ... nada.
Nada de novo...

Nada de novo, ela pensar na hipótese dele ter tido um acidente.
Mas, o mais certo, será ele ter ficado a dormir no Hospital (na cama 3...) ou em casa da mãe... ou no carro (?)... enfim, nada de novo!
Nada de novo...

domingo, 20 de abril de 2008

Dias difíceis

Este fim de semana ela não esteve bem consigo própria.

Apesar de estar mais confiante,
apesar de ter o apoio de toda a família e amigos.

Apesar disso tudo, ela treme.
Ela treme, porque ele vem dormir a casa... ainda.

Ela já não o vê desde 3ª à noite, quando se foi deitar.
Já não o ouve desde 4ª à noite, quando ele telefonou.

Ela treme. Não de medo. Não. Não é preciso ter medo.
Mas este fim de semana, ela começou a ter saudades.

Isso é mau

Will I ever

FEEL FREE

?

Mais recordações...


E já lá vão 7..

E já lá vão SETE dias úteis!
Ao todo são ONZE dias de espera.

Mas quem espera sempre alcança....
Mas quem espera, desespera...
E então?
...
...

Mudar é difícil

Na 3ª feira, ele tinha gostado que ela lhe tivesse dito que a consulta no médico estava atrasada e, que por isso, ia jantar no centro comercial...
Na 4ª feira, ele telefonou a avisar que não vinha jantar e a informá-la que ia fazer o turno da noite e, que no dia seguinte iria para Viseu...

Na 5ª
...
silêncio
...

Na 6ª
...
silêncio
...

Sábado
...
silêncio
...

Hoje, domingo, ela interroga-se o porquê deste silêncio, o porquê de não telefonar aos filhos...
Pergunta-se se não deveria ela telefonar...~

Mas, sabe que não.

O corte é difícil!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Nada surpreendente...

E a modos que me calhou


Que coisa meiga você é?

o que não é de estranhar...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Apaixonada?

A vaguear pela blogosfera, ela encontrou algumas declarações de amor.

É triste como ela já não acredita no amor.
Apeteceu-lhe comentar nesses posts,
dizer,


sim sim sim,
agora gosta muito de ti,
mas um dia
diz-te que


és o elo mais fraco

precisa de conhecer novas mulheres

não está contigo porque não tem tempo

não te telefona porque não se lembrou

não atendeu porque não ouviu

não veio dormir a casa,
porque ficou em casa da mãe,
embora a mãe não o tenha visto,
pois claro que não,
dormiu no carro,
perto da casa da mãe,
não chegou a entrar em casa
só para não a incomodar

não, não vou mudar, porque se o fizer, passo eu a ser o infeliz

não partilho a minha vida,
porque tenho direito à MINHA privacidade

...
...

Sim, sim, sim,
dizem que o amor é lindo,
é lindo o amor,
lindo

...

não há hipótese,
nunca mais me hei-de apaixonar
nunca mais vou sentir
o frio na barriga
o bater forte do coração
nunca mais me hei-de dar
porque

morri
...

Quando se gosta de alguém

Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.

Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente.
Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro.
Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso.

Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós.

Fernando Alvim

Uma semana

Já passaram cinco dias úteis desde que pagou.
Já passaram cinco dias úteis desde que o processo começou.

Deus queira que
ninguém tenha lido
Kafka
...

Faz de conta...?

Ontem,
ele telefonou,
por volta das 20:20,
a informar que

não vinha jantar a casa,
ia ver o jogo em Coimbra,
fazer o turno da noite
e, hoje,
iria para Viseu
com uma das bandas.
E ela perguntou-se:
Porquê isto agora?
Who cares where he goes?
E disse-lhe:
Ok, mas JÁ não me precisas de informar da TUA vida!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Hábitos...

Está na hora de jantar e ela perguntou-se se ele vinha jantar a casa...
Ainda agarrou no telemóvel para saber...

Hábitos!

Só um pequeno pormenor

No post anterior referi a necessidade de químicos para me manter à tona.
É verdade.

Há alturas da vida em que a dor é tão grande,
a tristeza tão profunda
e tudo nos parece tão negro
que precisamos mesmo de ajuda de medicamentos.

É claro, que se não fizermos nada para resolver os nossos problemas, os químicos não nos resolvem a vida.
Mas permitem-nos ter a tranquilidade suficiente para podermos tomar decisões.

Penso que é isso que me está a acontecer.
Porque há dois anos,
sofri tanto e
de uma maneira tão intensa
que mal conseguia respirar.
Penso mesmo,
que se não fosse essa ajuda medicamentosa
eu já me teria suicidado,
porque muitas vezes não vi calmaria possível no meu turbilhão.

No entanto,
estou a lutar para resolver o meu problema,
fazendo este corte, como se estivesse a arrancar um braço.

O psiquiatra é de opinião, analisando tudo, que a curto ou médio prazo, me vai retirar o antidepressivo e o ansiolítico.

Mais um factor de grande alívio para mim.

Afinal...

Há dois anos que ela tem acompanhamento psicológico e psiquiátrico (uma para ouvi-la e ajudá-la a desembaralhar o seu turbilhão emocional, o outro para tratar dos químicos que a têm mantido à tona...).

Hoje ela foi a uma consulta a três, com os dois técnicos, a fim de aferir estratégias de actuação.

Ela comunicou-lhes a sua decisão, que foi recebida sem espanto.

Mais, saiu do consultório ALIVIADA, porque teve a confirmação do psiquiatra
que a sua saúde mental é boa.
Ela não sofre de nenhuma doença mental,
não é paranóica

(como ele tanta vez lhe disse),
nem obsessiva
(como ela pensava que era, obsessiva por ele).
Afinal, as queixas, a depressão e todos os sintomas dela são REACTIVOS.
Afinal, o problema não está NELA.
O problema dela tem origem nas atitudes dele.
Ele é infantil,
emocionalmente imaturo
e extremamente egocêntrico.
Tão egocêntrico que pensou
que podia receber tudo a que tem direito
sem nunca se preocupar
com os direitos e/ou nenessidades
do outro.
Hoje, o psiquiatra disse-lhe que se tinha surpreendido por ele, em dois anos, nunca ter aparecido, nunca se ter interessado em saber como poderia AJUDAR a mulher que estava numa depressão grave. E isso é grave.
Enfim, afinal o problema não está nela.
Afinal, ela é saudável.
Afinal...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Há coisas que não mudam

Ele há coisas que não mudam mesmo.
É sabido que a habilidade dos homens para procurar objectos perdidos é quase nula.

Ele recebeu, há uns dias, uma carta registada.
Por lapso, a carteira deixou o bilhete para ir levantar essa mesma carta aos correios.

Ele viu o bilhete.
Ele não viu a carta, que por acaso estava destacada e, para a qual, ela já lhe tinha chamado à atenção (método que também não funciona há anos).

Assim, hoje, ele foi de propósito à estação de correios para levantar a carta que estava em cima do frigorífico à espera que o rei e senhor a visse.
Quando chegou lá, foi informado que a carta já tinha sido entregue.
Então, em vez de voltar a casa para a ir buscar ou, pelo menos, pensar:
"Ora bolas, não a vi. Tenho que a procurar melhor",
telefonou à (ainda) mulher:

- ONDE RAIO ESTÁ A CARTA QUE EU NÃO A VI???
- Em cima do frigorífico, ao lado das chaves....
- É QUE UM GAJO, VAI DE PROPÓSITO AOS CORREIOS PARA IR LEVANTAR A CARTA E NAAAADDDAAAAA!!!!!!!!!!!!!
- Telefonaste-me para ralhar comigo, por causa de uma coisa que TU fizeste mal?

Ela desligou-lhe o tmv e ficou com mais certezas, que não, este senhor não, já chega!

Dúvidas

As dúvidas assaltam o seu coração.
Será que está a agir bem?
Será que está correcta?

Ela tem a certeza que quaisquer mudanças que ele aparentar
serão passageiras.
Ela tem a certeza porque já aconteceu.
Há dois anos, quando ela lhe fez as malas e ele esteve fora 3 semanas.
Quando voltou parecia outro.
Mas foi sol de pouca dura.

Ele continua na mesma.
Ela continua na mesma.

Ele está virado para um lado.
Ela está virada para o outro.

"Não há volta a dar!", repete ela um milhão de vezes...

domingo, 13 de abril de 2008

Possibilidades

Ela hoje está a pensar se não seria possível construir uma ponte de entendimento.
Mas ele já lhe disse que tal coisa não existe.

Será que a terapia de casal não funcionaria?
Mas ele, também, já lhe disse, há mais ou menos dois anos, que não vai dar dinheiro para ouvir aquilo que já sabe.
Mas será que agora ele não mudaria de ideia?

Ela hoje está parva de todo.
Enquanto ele não sair de casa isto é terrível.

Ontem tentou "matá-lo", ao arrumar os livros, dvd e vinil dele. Mas, à noite, ele "ressuscitou" quando apareceu, de surpresa.
Isto é um luto impossível, afinal, o morto está vivo!

Cansaço

Ontem, ele veio a casa, assim de surpresa.
Veio, porque, a banda tinha um concerto perto e tinha um tempinho.

Ela não se lembra de alguma vez ele ter feito isso...
Os filhos já estavam a dormir, então
ele apenas pode deitar-se abraçado a eles.
Estava com mau aspecto.
Estava cansado.
Estava com dor de cabeça.
Não parecia o mesmo.
Ela sugeriu-lhe que tomasse um banho quente.
Que isso o ia aliviar.
Ele tomou um banho...
Agarrou uns discos dessa banda,
para vender no concerto.
E foi-se embora.
Antes de ir embora,
convidou-a para ir ter com ele,
hoje à tarde, ver outra banda tocar...
Se ela fosse, deveria estar a chegar
ao local de concerto.
Mas ela não foi.
Ontem, ela esteve decidida
a encaitoxar os livros
os dvs, os vídeos
e alguns discos
dele.
Hoje, ela duvida de si.
Hoje, ela pensa que está errada.
Que tudo está mal.
Que ela iria conseguir viver assim o resto da vida,
com ele a aparecer de vez em quando...
Com o amor dele às migalhas.
Será que ele não lhe dá todo o amor que é capaz?
Será que ela não está a ser extremamente injusta com ele?
Será que ela não está a exagerar?
Hoje ela está cansada de tudo.
Apetece-lhe desistir de tudo.
Apetece-lhe morrer,
mais uma vez

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Sapos






quinta-feira, 10 de abril de 2008

Alguém disse

Um divórcio não é assim: a malta assina e já está.

Ao que parece há três fases de dor:

- a dor que antecede e que leva à separação, ao fim do sentimento que alguma vez uniu duas pessoas... esta dor verifica-se no dia a dia, no ver a cada instante, que os sonhos e as ilusões de outrora se desvanecem e caem por terra como frágeis castelos de cartas. O degradar da relação, da comunicação... muitas vezes as ofensas e o ambiente hostil... que leva à decisão.
- a concretização do divórcio em si, o assumir uma nova situação, o peso dos olhares de quem gosta de meter o dedo na ferida... a assinatura de um final no contrato que em tempos se celebrou rodeado de festa e alegria
- a dor que precede, o medo do futuro, a insegurança de não conseguir ir em frente e lutar contra o desconhecido...


Prazeres

Da lista de prazeres aí ao lado, hoje só pode ter um gato a ronronar ao colo.

Não há sol,
as camomilas estão molhadas,
está a chover e assim,
andar de mota não é um prazer.

Pior, há um prazer que ela não tem há tanto tempo:

o toque dele na face dela,
os olhos dele nos dela,
o sussurar de amo-te ao seu ouvido.
Há tanto tempo,
tanto tempo...
Tantas saudades, meu Deus!
Tantas saudades...
Apetece-lhe morrer...

Nada fácil

O divórcio é o

segundo acontecimento mais traumático do ciclo de vida humano,

logo a se­guir à morte de um filho.

Porquês

Num luto normal, i.e, pelo morte de alguém que amamos, apenas recordamos as coisas boas.
Hoje, ela não se consegue lembrar das coisas boas:
Só se lembra das más.

Porquê? Porquê?
Porque raio é que aguentou tanto tempo?
Porque raio demorou tantos anos a tomar esta decisão?
Não estaria melhor agora?
Hein??
Porquê? Porquê?

Luto

Ela sabe que vai entrar em luto.
Aliás, ela sente que já está de luto há dois anos.
Um luto terrível, pois o amor dela foi ferido de morte mas ainda estava vivo.
Um luto terrível, pois continuou a tentar reanimar um morto.
Mas, mesmo assim, vai entrar (ou continuar) em luto.

E ela vai sofrer, porque vai perceber, enfim,
que de facto, o amor morreu já há muito tempo.
E ela vai ter que enterrar alguém que
ainda está vivo.
Como é possível, meu Deus,
fazer isto:
Enterrar alguém vivo?
Alguém que amou
loucamente
durante
VINTE anos...
Hoje, está a ser um dia mau para ela.
Ela sabe que vai sofrer, mas mesmo assim
ela vai para a frente, já não volta atrás.
Porque ela sabe que se voltar atrás
ainda vai sofrer mais...

Mais uma vez, a palavra de médico:

Um divórcio (...) assume o significado de uma morte em vida.
A mulher sente a perda do «ente» gostado,
mas está impedida de fazer um luto adequado,
pois este «morreu» mas continua vivo.
É um luto enlouquecedor e sempre inacabado.
Nesta fase,
surgem sentimentos de depressão,
desvalo­rização,
baixa de auto-estima,
angústia intensa e
labilidade afectiva,
muitas vezes na origem de transtornos clínicos.

Ora aqui está: ela sofreu isto tudo nestes últimos anos, em particular nos últimos dois!, assim, não deve piorar... ela não consegue imaginar-se pior...

O risco de suicídio é três vezes superior,
com aumento do consumo de tabaco,
bebidas alcoólicas, drogas e condutas de risco.

Pensar em morrer, ela pensou.
Tabaco, não lhe parece, pois deixou de fumar no dia 23 de Julho de 2003 e, orgulhosamente, ainda não tocou em nenhum cigarro desde então.
Bebidas alcoólicas e drogas também não lhe parece.
Condutas de risco.... hmmm.... a ela parece-lhe melhor andar de comboio, porque da última vez que foi trabalhar de mota, assustou-se com ela própria, ao fazer ultrapassagens, que habitualmente não fazia!!!

As consequências objectivas de um divórcio para a mulher
podem passar pela diminuição do poder de compra,
da saúde, das expectativas positivas de vida.

Ora, mais uma análise da situação dela:
ele contribuía com algum dinheiro para a família, mas era
ela que governava a casa.
Relativamente à saúde, ela pensa que vai poupar dinheiro,
ao resolver este problema,
em medicamentos ansiolíticos e antidepressivos
e em consultas psiquiátricas
em que anda mergulhada há dois anos...
Expectativas positivas da vida... aí sim: ela não tem,
pelo menos, no que diz respeito ao "amor"!

Da qualidade e brevidade com que a mulher consiga superar a crise do divórcio
resulta o bem-estar e saúde mental dos filhos que,
habitualmente, ficam à sua guarda.

Ora aqui está uma coisa FUNDAMENTAL
que ela também teve em conta ao tomar
esta decisão tão difícil:
a saúde e bem-estar dos seus filhos!
Que exemplo estaria a dar, se continuasse a
sentir-se miserável?
Assim, ela espera, do fundo do coração,
estar a dar um exemplo
de
LUTA
pela própria dignidade
pelo amor-próprio!

Ela espera que um dia, os filhos a entendam e perdoem.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Diferenças de Sexo

Para casar depois do divórcio, têm que esperar
ele
180 dias
ela
300 dias

Ora aí está a palavra de médicos

São expectativas pouco realistas as que, muitas vezes, levam a mulher ao casamento. É a crença na existência do «príncipe encantado» dos contos de fadas e na solução mágica de todas as suas necessidades, através deste homem-pai-irmão-amigo e companheiro.

pois, as histórias de príncipes e sapos....

É, depois, a desilusão brutal nos sonhos desfeitos por uma realidade feita de
dificuldades por partilhar,
rotinas erosivas e
pouca disponibilidade para o diálogo,
quase sempre da parte do homem (...) mulher, que identifica este défice comunicacional, sentindo-se impotente para o resolver sozinha.

that's the story of my life...

Contudo, outras existem, decorrentes do mesmo, com igual relevância. Ambos sofrem
transformações ao longo do tempo,
mas em ritmos diferentes que nem sempre se complementam.

mais um ponto para o País de Gales...

Surge uma desarmonia afectiva e discordante, quase sempre conducente à separação,
primeiro emocional
e depois efectiva,
consequência deste amadurecimento desigual.

pois, ... e não me parece que seja preciso mais alguma coisa...

Dentro do casamento,
são invocados como causadores do divórcio elementos como
a infidelidade,
factores sexuais,
económicos,
falta de comunicação, mais uma
incompatibilidade de carácter e

imaturidade emocional, e outra
perda de amor,
diminui­ção do desejo sexual,
conflitos constantes, e outra
interferência dos sogros,
falta de dedicação ao casamento, e outra
as próprias crenças acerca do casamento e do divórcio e outra
a interferência de factores psicológicos inconscientes que nos levam,
por vezes, a manter uma relação destrutiva e
outras a terminar essa mesma relação.

São razões suficientes não são??

Ainda as palavras...

Ela perguntou-lhe:

Estás ciente daquilo que estamos a fazer?
Ele respondeu:
Eu estou mas tu não estás.
Perante a surpresa dela,
ele disse:
Tu pensas que vais ser mais feliz,
mas não vais!
Não encontras ninguém melhor que eu!

Orgulhos

Para alguém tão seguro de si,
tão orgulhoso que
Impossível Curar
ela
NÃO PERCEBE
porque raio
é
que
ELE AINDA NÃO FOI EMBORA!!

terça-feira, 8 de abril de 2008

250€

Emolumento do divórcio: DUZENTOS E CINQUENTA EUROS!!!!!!!!!!!!

Novamente a papelada

Hoje, ela entregou novamente a papelada, agora completa.

Hoje, o processo começou a correr.

Agora, é esperar...

Ela só espera
que não seja preciso
esperar sentada!

Alianças

O que fazer às alianças?

Ela tirou-a do dedo no dia em que entregou a papelada
e colocou-a na mesinha de cabeceira dele.

Ele tirou-a do dedo ontem
e arrumou-a no porta-moedas.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Difícil sim, mas não insuportável

Hoje, ela foi chamada à presença da Conservadora, afim de lhe serem explicados alguns pontos menos claros na papelada.

Hoje, a Conservadora avisou-a que vai tentar a conciliação dos cônjuges.

Hoje, ela explicou à Conservadora as razões, pelas quais, pretende divorciar-se.



Hoje, ela teve a certeza que é isso que quer.



Ela quer seguir a sua vida sem o peso do marido em cima.

Ela quer seguir a sua vida, dona de si mesma.

Ela quer seguir a sua vida sem se preocupar onde ele está ou com quem está ou quando (e/ou se!) vem para casa...



Enfim, hoje, ao explicar, de um modo claro, racional e frio, ficou com a certeza que está a agir do modo correcto.



Há alturas em que é preciso parar e mudar de rumo e agora é a altura perfeita para o fazer...



Hoje, ela ficou calma. Muito calma.

Em casa, tinha o (ainda) marido à espera dela (coisa RARA, tão rara que a probabilidade de acontecer ainda há um mês era perto de zero), e ela teve que conversar com ele sobre os assuntos menos claros da papelada. Ela fê-lo de um modo racional e calmo.



Amanhã é outro dia. Amanhã vai entregar esta papelada, agora clarificada...

domingo, 6 de abril de 2008

Isto vai ser difícil

Se ontem se sentiu bem com ela própria,
saiu à noite,
bebeu três caipirinhas,
e chegou a casa DEPOIS dele...
coisa muito rara, rara mesmo: nestes 14 anos, aconteceu 2 ou 3 vezes...
Ele respeitou o desejo dela e dormiu no outro quarto

Hoje, as emoções foram diferentes.
Ele ainda a morar na casa.
Ele a almoçar em conjunto.
Foi trabalhar e disse
Até logo!
Ela não percebe nada.
Ele andou tanto tempo a
gozá-la
menosprezá-la
ignorá-la
Ele disse tantas vezes:
- quem está mal, mude
- sentes-te mal, tens que tomar uma atitude
- o mal, é que casaste com o homem errado
É verdade, ele disse-lhe isso, assim mesmo: casaste com o homem errado!
E agora,
não diz nada
não faz nada
Será que existe uma fase de negação num divórcio?

sábado, 5 de abril de 2008

Direitos

É triste que apenas com quase 40 anos ela tenha descoberto uma verdade inquestionável:

Ninguém tem o direito de pedir ao outro
que mude.
Ninguém tem o direito de pedir ao outro
que lhe dê
atenção
carinho
prioridade
que a faça sentir-se amada
que a faça sentir-me importante.
O outro ou dá ou não!!! Pronto...
Ao mesmo tempo, ela também descobriu que
ELA TEM O DIREITO
A
NÃO QUERER VIVER
COM ALGUÉM
QUE
NÃO LHE DÁ
VOLUNTARIAMENTE
O QUE ELA PRECISA

Primeira Noite do Resto da Vida

Esta noite vai ser a
PRIMEIRA
noite que vai
DORMIR
SOZINHA
(não de corpo, mas de alma)
SÓ VOU PÔR UMA ALMOFADA
!!!!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Mudanças

Ela entregou a papelada.
Ela entrou a tremer.

Ela saiu a sorrir.
Esta etapa já está!
Chegou a casa.
Arrumou o quarto:
tirou a mesinha de cabeceira do lado dele
agora tem uma passadeira para correr
tirou a roupa dele do armário
agora tem umas gavetas vazias
tirou os livros dele duma estante
agora já não precisa de fazer
duas filas com os livros dela
Foi à oficina buscar o carro
e no caminho enviou uma sms:
"Já entreguei os papéis na conservatória. Para mim, já não és mais o meu marido. Assim, deixas de dormir na minha cama."

Não é mais um passo, é um salto

Todos os documentos assinados tinham a data de hoje, 4 de Abril.
Ela marcara esta data como limite.

De manhã teve um
ataque de ansiedade
as pernas começaram a ter formigueiros,
começou a respirar acelerado,
parecia um puma enjaulado!
Vivam os químicos soluvéis debaixo da língua e
vivam os médicos
que nos dão desses comprimidos num aperto do coração...
Mesmo assim, ela continuou fiel ao seu limite e foi à conservatória entregar a papelada.

Obrigada

Obrigada a todos os meus amigos! Obrigada, do fundo do coração.
Obrigada pela paciência de me ouvirem ou lerem, obrigada!

OBRIGADA

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Mais do mesmo

Hoje, dormiram até tarde.
A pedido dela, ele até se levantou e acordou os filhos para estes irem para a escola.
E dormiram.
Ao almoço falaram.
Mais uma conversa dolorosa para ela.
Ela disse-lhe que este passo se devia ao total desespero de não saber o que mais fazer por eles os dois.

Ele encolheu os ombros...
Ela disse-lhe que não podia viver insatisfeita para o resto da vida.
Ele disse-lhe que
ela tinha expectativas demasiado altas,
que nenhum homem as podia preencher...
E ela voltou a perguntar-se (pela bilionésima vez):
SERÁ QUE A CULPA É DELA?
SERÁ QUE É EXIGENTE?
SERÁ QUE ESTÁ A EXAGERAR?
SERÁ QUE É ASSIM MESMO?
SERÁ QUE É SUPOSTO SER-SE FELIZ COM POUCO?
SERÁ QUE ELE NÃO TEM RAZÃO?
SERÁ QUE...
SERÁ...?

Mais um

Ele assinou... depois de muita hesitação, assinou.

Disse que, por ele, não se divorciava, não fazia nada disto.

Ao que ela perguntou:

Então que fazer?

Silêncio

...

...


Mais uma conversa dolorosa.

Daquelas que não têm qualquer fruto palpável, que só servem mesmo para... ... ... nada!


Dormiram na mesma cama. Ainda.

Ele deitou-se a abraçou-a, um abraço apertado, acariciou-a (há tanto tempo que o não fazia!) e adormeceu.

Ela também dormiu.

Triste.

Triste.

O futuro não lhe parece risonho.

Nada risonho.


Ela não vai ser feliz!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Mais um passo, este é grande

Acabei de imprimir a papelada toda.


JÁ ASSINEI!!!!!!!!!!!!!!!!



FOOOOGGGGOOOOOO!

I FEEL FREE

terça-feira, 1 de abril de 2008

Perder tudo

Ela, hoje de manhã, antes de sair de casa, olhou para ele
e o seu coração bateu mais depressa...
Olhou para ele e perguntou-se como será a vida deles...
Perguntou-se, também, como é que se transformou o amor deles...

Ela, hoje de manhã, antes de sair de casa, olhou para ele
e sentiu as pernas a fraquejar... teve pena deles...

Ela, hoje de manhã, antes de sair de casa, olhou para ele
e perguntou-se porque seria ele tão teimoso, tão fechado, tão frio...
Perguntou-se, mais uma vez, se não estaria errada,
se a culpa não seria toda dela,
se ele não teria todo o direito a ser como é,
se ela não tinha mesmo o direito a pedir-lhe tempo e atenção...

E não, ela não tem esse direito:
Ele é que deveria sentir necessidade de lhe dar atenção, tempo ou Tender, Love and Care...
Mas,
ela tem o direito de não se sentir infeliz; melhor, tem o direito de tentar ser feliz...

Ela, hoje de manhã, antes de sair de casa, olhou para ele
e sussurrou-lhe ao ouvido


You're such an ass hole!!!
Ele disse humhum...