domingo, 6 de abril de 2008

Isto vai ser difícil

Se ontem se sentiu bem com ela própria,
saiu à noite,
bebeu três caipirinhas,
e chegou a casa DEPOIS dele...
coisa muito rara, rara mesmo: nestes 14 anos, aconteceu 2 ou 3 vezes...
Ele respeitou o desejo dela e dormiu no outro quarto

Hoje, as emoções foram diferentes.
Ele ainda a morar na casa.
Ele a almoçar em conjunto.
Foi trabalhar e disse
Até logo!
Ela não percebe nada.
Ele andou tanto tempo a
gozá-la
menosprezá-la
ignorá-la
Ele disse tantas vezes:
- quem está mal, mude
- sentes-te mal, tens que tomar uma atitude
- o mal, é que casaste com o homem errado
É verdade, ele disse-lhe isso, assim mesmo: casaste com o homem errado!
E agora,
não diz nada
não faz nada
Será que existe uma fase de negação num divórcio?

3 comentários:

Mian Ru disse...

Se calhar vais ter de lhe dizer que ele tem de sair.
Directamente olhs nos olhos...cones nos cones!

Anónimo disse...

By katatal

Frol,

Colocas uma questão que obviamente leva a pensar e analisar que na nossa vida, mesmo com as diferentes tomadas de decisão, podem existir recuos e correcções de trajectória que muitas vezes somos forçados a fazer, tal e qual como quando conduzimos as nossas montadas/motos, e mesmo cumprindo as regras, temos de adaptar a condução a tudo que nos envolve.
Não estou a falar que o homem da seringa esteja arrependido, nada disso. Apenas estou a tentar entender como o ser humano, ostraciza, machuca, menospreza e no final toma a atitude de assinar o fim do contrato, e regressa como se nada tivesse acontecido.
Mas das duas, três;
- Ou ele ainda não enxergou o que semeou,
- Ou reflectiu e depois de conhecer outros poisios e se alambazar noutras searas verificou o que esta a perder,
- Ou a terceira e esta plena de sabedoria, que é o efeito vitima de canito abandonado e desprotegido. Como ele sabe que tens um coração enorme, quem sabe se se mostrar como um cachorrinho dócil e inconsolável, não acaba por levar num leve esgar uma coçadela no lombo, e assim pode até esboçar num gesto de retribuição, uma suave lambidela na mão da tratadora.
Pelo menos já lhe ensinaste que o lugar dele xonar é no outro quarto, parabéns Frol, o “ele”, está aprendendo depressa. E que depressa aprendeu, até ganhou uma refeição sabiamente preparada pela sensibilizada tratadora.
Já sei somos civilizados e assim devemos permanecer, mesmo com algum cachorrito vadio que nos bata á porta.
Foram 14 anos segundo dizes, mas vocês ligam muito mais aos anos do que nós.
Sabes amiga eu fiz 25 anos de contracto, com altos e baixos como em todos, tive momentos de querer zarpar, tive momentos de equacionar se a seara alheia era melhor do que a minha, e se queres saber ainda não sei se tomei a decisão correcta, porque isto de “felicidade” e “ser feliz”, acontece quando duas pessoas se respeitam, mas passei, e fiz passar o cabo das tormentas e tenho ficado.
Afinal mesmo julgando ter respeito pelo outro lado, as coisas acontecem, afinal existe sempre dentro de nós o desejo de experimentar o desconhecido.
Sei que isso não é correcto, mas afinal somos nós que fazemos as regras, criamos os direitos, lógico que as seguimos ou transgredimos.
Por isso e lembrando que “ele” além de ter tido o direito de ser correcto para contigo antes, assiste-lhe o direito de agora ainda o ser muito mais, afinal o tempo de graça dele expirou.
Mas pode também se dar o caso e acontece por vezes, ambos pactuarem e iniciarem uma coabitação com consentimento de ambas as partes, que mesmo sem contrato celebrado pode até redundar em momentos de agradável convívio.
Estava aqui a lembrar-me que se “Existe muita vida em Frol”, não gostaria de ver essa “vida” de novo avassalada por uma presença imposta, pois minha cara, qualquer dia, até te podes esquecer que aquelas cuecas e peúgas que não querias lavar, acabaste mesmo “sem querer” por coloca-las na machine e voilá, ate apareceram passadas a ferro e acondicionadas naquela mesinha de cabeceira que numa tomada de atitude heróica arrumaste para um canto.
Frol, eu não sou nenhum exemplo para dar conselhos, nem para julgar ninguém, apenas deixo o meu pensamento e a minha interpretação dos factos, afinal também sou humano e logicamente tenho os meus defeitos, e deus me livre e guarde das “tentações do demo”, mas nem sempre temos colocadas as algemas ou o cinto da castidade, lololol.
Amiga, (se assim te posso tratar), nada nem ninguém melhor do que tu, tem de saber o que deve fazer e dizer, mas claro que não deves deixar protelar essa situação indefinidamente, pois até pode acontecer que qualquer dia, o canito comece a fazer umas graçolas, e depois de rebolar, é capaz de dar até a patinha e quem sabe se com um ligeiro ganir, não acaba por conquistar o lugar do outro “ele”, e até és bem capaz de ganhar com mérito, levá-lo a passear com trela e tudo, mas atenção coloca o açaime que nunca se sabe se num olhar mais fortuito, pode muito bem querer dar uma trinca nalguma canita com o rabito mais elevado.
Cuida-te Frol e como dizia o meu capitão quando andei nas lides das batalhas “nunca baixes a guarda”, o que é certo é que nunca soube o sentido da frase, mas nunca o inimigo me apanhou desprevenido.
Se existe fase de negação num divórcio, então que tenha a coragem de mostrar que durante 14 anos foi incorrecto para quem não o merecia.
Mais uma em jeito de conselho, 3 caipirinhas Frol? Livraaaa, qualquer dia consome mais do que a deauville, lololololol

Karmen disse...

Eu penso que ele, esta a espera de um voltar atrás. Pois tu ja lhe perdoaste uma vez! Embora desta, haja papeis e assinaturas, o certo é que para já, nada mudou... ele continua aí.
Talvez como disse a jovem rosa espartilho, talvez tenhas q fazer um ultimo sacrificio... e obrigá-loa a sair... porque por ele... não deve dar o passo!