quarta-feira, 14 de maio de 2008

Intimidade

Ela pensava que tinha tido momentos de intimidade com ele. A sério que pensava...
Para ela, fazer amor era o máximo de intimidade que tinha com ele, era a única altura em que o sentia dela, apenas dela, com toda a atenção dele...

Enfim, como pôde ser tão estúpida, tanto tempo?
Hoje, ao ouvir duas amigas a falar de intimidade que têm com os maridos, ela ficou estarrecida: afinal nunca teve intimidade com ele!

1 comentário:

Anónimo disse...

By katatal

Bom dia Frol,
Não querendo entrar na “intimidade” dos teus “segredos”, adianto-te que fiquei "estarrecido" com a interpretação do post.
Em poucas palavras expuseste uma “intimidade” que julgaste plena numa relação que durou durante uns bons longos anos.
Na verdade é constrangedor falarmos/comentarmos a “intimidade” de alguém, e é assim que me sinto sem jeito, mas com uma vontade enorme de dar corda aos dedinhos e deixar divagar o pensamento entre a razão e o coração, por isso desde já te peço desculpa se alguma frase te parecer de difícil interpretação, pois as palavras tem sempre dois sentidos, um para quem as prenuncia e outro para quem as ouve, dependendo do momento, do tom, e do contexto em que são proferidas e então interpretadas.
A razão é que na verdade a “intimidade” de um casal está ligado a uma cumplicidade mútua de conhecimento e doação, onde os limites são estabelecidos consoante a abertura das mentes e dos “desafios” que cada um idealiza para concretizar uma boa e saudável “intimidade”. Mas a “intimidade” não se funde somente na união de dois corpos e no êxtase alcançado. Afinal a “intimidade” não se resume só ao leito conjugal, mas admito que pode muito bem lá terminar, ou num outro local, toda uma conjugação de factores que afinal contribuem para saudável vida íntima, e quando isso acontece é um verdadeiro “néctar” dos deuses.
Para isso, os “íntimos” tem de estar em sintonia plena, confiança mútua, e acima de tudo com respeito, carinho e dedicação, e depois de ler o que escreveste, julgo que nunca atingiste esse patamar. Não devido a ti, mas sim a alguém que sempre te negou aquilo que ouviste falar as tuas amigas, e isso se chama doação, coisa que nunca te proporcionou, talvez porque o rapaz nunca tenha despertado para a “intimidade”.
Bem Frol, agora já entendo quando ele dizia “que precisava de conhecer outras mulheres”, afinal ele precisava de desbravar outras florestas e aventurar-se noutras “selvas”, para “talvez” ganhar experiência e poder desfrutar em casa de uma “intimidade” mais madura, lololol.
Sabemos que isso não é assim, pois a cumplicidade de um casal permite atingir a “intimidade” que as suas mentes permitem, e ir ate onde os seus desejos quiserem ir. Afinal as regras, limites e tratados são estabelecidos por nós, e deveremos ir até onde a nossa imaginação e maturidade nos permitir.
É muito difícil opinar sobre algo tão “intimo” e para mais quando envolveu um casal, mas pela interpretação julgo que nunca houve a tal cumplicidade que envolve uma boa “intimidade”, e que no fundo causou o descalabro de uma relação, e minha amiga a intimidade como disse não se resume a uma união, mas claro que isso contribui enormemente para uma boa e saudável “intimidade”.
Não te culpabilizes, quando dizes “como pude ser tão estúpida”, afinal durante uns anos só te foi permitido ver, aquilo que o coração te permitia e que te fazia acreditar em algo que julgavas correcto.
Agora também te vou dar um conselho se mo permitires, não valorizes tudo o que ouves, pois existe muita publicidade enganosa, e quantas vezes as pessoas dizem que até conseguiram ver o terceiro anel de Saturno, quando nem sequer conseguiram acender a luz, e ver a cor da “intimidade” que as envolve…
Que tenhas um bom dia
Bjs